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Agronegócio

IGP-10 de novembro: inflação atinge 1,45% impulsionada por crescimento no setor agropecuário

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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou alta de 1,45% em novembro, intensificando o em comparação ao aumento de 1,34% observado em outubro. Com este resultado, o índice acumula uma elevação de 5,41% no ano e de 6,07% nos últimos 12 meses. Em novembro de , o IGP-10 havia registrado variação mensal de 0,52%, mas apresentava uma queda acumulada de 3,81% no período de 12 meses.

Segundo Matheus Dias, economista do Instituto Brasileiro de da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), “apesar da retomada das chuvas em regiões produtoras de alimentos em novembro, o IPA ainda sente os efeitos da seca, sendo os bovinos uma das principais pressões de alta no índice.” Dias acrescenta que o aumento das refeições em bares e restaurantes reforça a pressão sobre o setor de serviços, enquanto o índice de custo da construção permaneceu estável, com destaque para a elevação nos custos de mão de obra.

Detalhamento dos índices

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), principal componente do IGP-10, subiu 1,88% em novembro, acima da taxa de 1,66% registrada no mês anterior. Nos estágios de processamento, os Bens Finais apresentaram variação de 1,14%, levemente superior ao 1,06% de outubro, com destaque para os alimentos in natura, cuja taxa passou de -3,05% para -0,22%. O índice de Bens Finais excluindo alimentos in natura e combustíveis para consumo variou 1,37%, ante 1,61% no mês anterior.

No grupo de Bens Intermediários, a variação foi de 0,01% em novembro, uma desaceleração em relação aos 0,21% de outubro, impulsionada pela queda no subgrupo de materiais e componentes para manufatura, que variou de 0,94% para -0,01%. Desconsiderando o subgrupo de combustíveis e lubrificantes, o índice de Bens Intermediários apresentou alta de 0,11%, inferior ao 0,62% do mês anterior.

Já o grupo Matérias-Primas Brutas passou de 3,94% em outubro para 4,69% em novembro, com minério de ferro (de 1,84% para 7,58%), bovinos (de 8,36% para 15,20%) e milho em grão (de 5,89% para 8,24%) puxando o índice para cima. Por outro lado, itens como soja em grão (de 6,58% para 4,02%), leite in natura (de 4,65% para 0,23%) e café em grão (de 4,57% para 2,05%) suavizaram a pressão de alta.

Desempenho do IPC e INCC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,23% em novembro, abaixo dos 0,53% registrados em outubro. Entre as classes de despesa, cinco registraram desaceleração: Habitação (de 1,60% para 0,04%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,57% para -0,27%), Despesas Diversas (de 1,76% para 0,21%), Comunicação (de 0,30% para 0,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,32% para 0,26%). Itens como tarifa de eletricidade residencial (de 6,35% para -0,17%) e passagem aérea (de 4,24% para -2,87%) contribuíram para essa desaceleração.

Por outro lado, Alimentação (de 0,08% para 0,74%), Transportes (de -0,23% para 0,17%) e Vestuário (de -0,03% para 0,26%) apresentaram aumento nas taxas de variação. Em Alimentação, a alta foi influenciada principalmente por hortaliças e legumes (de -7,75% para -0,70%), gasolina (de -0,78% para 0,21%) e roupas (de -0,23% para 0,25%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,58% em novembro, pouco acima dos 0,57% de outubro. O grupo Materiais e Equipamentos manteve a taxa de 0,58% de outubro, enquanto Serviços desacelerou de 0,70% para 0,32%. Já a Mão de Obra apresentou alta de 0,62%, superando os 0,53% do mês anterior.

Fonte: portaldoagronegocio

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