Apesar das quedas recentes no valor da saca do feijão preto, que está cotada em torno de R$ 240,00, os produtores do Paraná seguem confiantes na cultura. Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária da semana de 8 a 13 de novembro, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a área plantada deve superar 143,6 mil hectares, consolidando-se como a maior dos últimos cinco anos.
Desde setembro, quando o preço do feijão estava em torno de R$ 320,00 por saca de 60 kg, houve sucessivas quedas nos valores, mas, mesmo assim, a semeadura foi ampliada. A previsão para a safra do Paraná, que será divulgada no próximo dia 28, aponta para uma expansão significativa da área plantada.
Até o momento, 97% da área estimada já foi plantada, segundo o agrônomo Carlos Hugo Godinho. Ele destaca que cerca de metade desse plantio ocorreu enquanto os produtores enfrentavam a desvalorização do produto. No entanto, as condições climáticas atuais renovam o otimismo no campo, favorecendo a produtividade e mantendo expectativas de uma colheita rentável neste ciclo.
Os custos estimados pelo Deral, de R$ 184,00 por saca, indicam que, se os preços e o clima continuarem favoráveis, o feijão pode se tornar uma alternativa viável ao cultivo de soja nos próximos anos.
Trigo
A colheita do trigo no Paraná está praticamente concluída, restando apenas 2% da área para ser finalizada, o equivalente a cerca de 25 mil hectares dos 1,15 milhão de hectares plantados. A produção final deve alcançar 2,3 milhões de toneladas, uma redução de 36% em comparação com as 3,8 milhões de toneladas colhidas em 2023.
Suínos e Bovinos
O boletim também analisou dados da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e das exportações do Agrostat/MAPA. O terceiro trimestre de 2024 foi o melhor período da história para a produção e exportação de carne suína no Brasil desde o início da série histórica em 1997. No período, a produção de carne suína chegou a 1,4 milhão de toneladas, um crescimento de 2% em relação ao mesmo trimestre de 2023. Em contrapartida, o abate de bovinos no Brasil apresentou alta de 14,8% em comparação com o ano anterior, em meio à valorização da arroba iniciada em setembro.
Fonte: portaldoagronegocio