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Ciência & Saúde

Fique mais saudável e feliz com seu pet: 5 dicas imperdíveis!

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Jacqueline Boyd é professora e pesquisadora da Nottingham Trent University, na Inglaterra. O texto abaixo saiu originalmente no site The Conversation, que publica artigos escritos por pesquisadores. Vale a visita.

Este artigo foi escrito com a ajuda de meus animais de estimação. Quando eu perdia o foco ou começava a me cansar, pegava a guia dos meus cães e eles, alegremente, se juntavam a mim para tomar um pouco de ar fresco e viver uma pequena aventura ao ar livre. Admito, abertamente, que eles ajudam minha própria saúde, produtividade e felicidade – e espero ajudá-los a serem felizes e saudáveis também.

É amplamente reconhecido que os animais de estimação podem apoiar a saúde e o bem-estar dos seres humanos, mas os benefícios devem ser mútuos. Eles são seres sensíveis que merecem ser tratados com cuidado e respeito, e não como ferramentas para proporcionar o bem-estar dos humanos em detrimento do seu próprio.

Considerando que muitos países estão enfrentando uma crise de obesidade, tanto em humanos quanto em animais de estimação, o que os tutores podem fazer para garantir que não estejam prejudicando involuntariamente a saúde de seus bichos domésticos, ao mesmo tempo em que dependem deles para conforto e companhia?

Aqui estão cinco maneiras de você e seu animal de estimação ficarem mais saudáveis e felizes juntos.

1 – Descanso e relaxamento

Os animais de companhia podem ajudar a aliviar o estresse e a angústia. Pesquisas demonstraram que a presença de um cão doméstico pode reduzir a pressão arterial e frequência cardíaca dos seres humanos durante uma tarefa exigente – mais do que a presença de um membro da família ou amigo. No entanto, pessoas solicitadas a realizar tarefas estressantes na presença de um bicho amigável, porém, desconhecido, não revelaram nenhum benefício.

Os pets, então, podem ser uma importante fonte de conforto, segurança e apoio – um porto seguro – para seus tutores. Mas eles também encontram consolo em seus humanos, podem se acalmar com a presença deles e desfrutar de afeto. Entretanto, a interação intensa entre humanos e animais também pode levar a problemas de apego, tornando-os propensos à agressão, ao medo e à ansiedade de separação.

Para alguns animais de estimação, o manuseio excessivo ou o carinho inadequado pode ser estressante e assustador e levar à agressão ou à ansiedade.

Alguns tutores até preferem compartilhar a cama com seus pets. Há possíveis implicações para a saúde ao dormir ao lado de um animal, incluindo distúrbios de sono e a possibilidade de lesões, transmissão de doenças ou alergias.

Por outro lado, também pode proporcionar um sono de boa qualidade, bem como calor, segurança e companheirismo. Muitos deles parecem preferir dormir próximos de outros, então também pode haver um benefício mútuo.

2 – Construção de relacionamento

A construção de um relacionamento é essencial para que o tutor e o tutelado mantenham uma boa saúde. Essa construção é positiva quando o dono reconhece a sua responsibilidade pelo bem-estar do bicho. Relacionamentos disfuncionais com animais de estimação podem levar a traumas e agressões. Tutores de cães menos amigáveis ou mal comportados podem sofrer de ansiedade e depressão.

É importante treinar os ‘amigos de patas’ usando métodos que ajudem a nutrir uma parceria benéfica entre o humano e o animal. Isso também pode ajudar ambos a ter uma visão mais otimista da vida. Pesquisas demonstraram que o treinamento com reforço positivo, em oposição aos métodos baseados em punição, é a melhor abordagem para o bem-estar do animal e a aquisição de habilidades.

Relações solidamente construídas podem ser vistas com frequência em animais de assistência e terapia, que estão ligados a melhorias na independência e no bem-estar relatado por seus donos. Acariciar e interagir com animais de terapia é benéfico para pacientes em instalações de saúde, onde os bichos podem criar uma sensação de normalidade, reduzir o tédio e ajudar a aliviar a depressão.

3 – Fazer amigos (de duas e quatro patas)

Levar seu animal de estimação para passear pode trazer mais benefícios à saúde do que apenas exercícios.

Eles podem ajudar a promover amizades e relacionamentos, além de criar um senso de comunidade. Os tutores, por exemplo, têm maior probabilidade de conhecer outras pessoas nestes passeios.

Por que isso acontece? Pesquisas sugerem que os animais de estimação têm um efeito profundo na “lubrificação social”, ajudando a criar relacionamentos com outros amantes de pets.

Portanto, os donos de animais de estimação têm menos probabilidade de sentir solidão e isolamento social do que as pessoas que não os têm.

4. Decisões dietéticas

Os veterinários concordam que a cintura média dos animais de estimação está aumentando. Isso imita o que está acontecendo com a população humana, e a dieta e os exercícios são os dois principais fatores contribuintes.

A incidência de obesidade em cães – mas não em gatos – está ligada à cintura do tutor, o que sugere uma relação causal com o estilo de vida. Portanto, os donos tendem a prejudicar involuntariamente a saúde de seus animais domésticos devido aos mesmos hábitos ruins de dieta e exercícios que causam seus próprios problemas de saúde.

Ao ajudar as pessoas a tomarem melhores decisões alimentares para seus bichos, talvez também seja possível incentivar uma alimentação mais saudável para os humanos.

A combinação de uma dieta melhor com exercícios regulares pode reduzir as cinturas de ambos, tutores e tutelados, a um tamanho saudável.

5 – Caminhada para o bem-estar

A atividade física regular está associada a muitos benefícios à saúde, tanto para pessoas quanto para animais de estimação. Caminhar é uma maneira econômica e relativamente acessível para a maioria dos tutores de cães e essa atividade física pode melhorar a saúde física e o bem-estar geral dos seres humanos e de seus amigos de quatro patas.

Por exemplo, quem caminha regularmente com o cachorro tem menor massa corporal e níveis mais altos de atividade física do que as pessoas que não têm cachorros ou que não caminham com os cães com os quais vivem. Além disso, caminhar pelo menos três vezes por semana pode aliviar a dor nas costas e reduzir pela metade o risco de recorrência.

No entanto, nem todo mundo caminha regularmente com seu cão. Isso pode ocorrer devido à falta de locais adequados, preocupações com a segurança ou até mesmo com o comportamento do próprio cão ou de outros. Tornar as instalações acessíveis, seguras e fáceis de usar para todos pode incentivar a atividade. Isso inclui a disponibilização de “cestos de cocô” para reduzir a sujeira dos cães, um projeto de bairro que ofereça oportunidades sem riscos de caminhada e acesso restrito a áreas potencialmente sensíveis, como playgrounds para crianças.

Em última análise, viver com um animal de companhia deve ser um relacionamento mutuamente benéfico, saudável e feliz. Seguir essas cinco diretrizes deve ajudar quem cuida e ama animais de estimação a encontrar conforto e calma um no outro e a manter peso e perspectiva saudáveis.

Fonte: abril

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