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Agronegócio

Avanço na Mistura de Biodiesel no Diesel Alcança 20%, aponta Anfavea

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A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) considera que o aumento obrigatório da mistura de biodiesel ao diesel está mais próximo de alcançar a de 20% (B20) do que de 25% (B25). Atualmente, o índice em vigor é de 14%, e deverá subir para 15% em março de 2025, conforme o novo marco regulatório de biocombustíveis.

Durante um sobre a regulamentação da Lei do Combustível do Futuro, promovido pelo Ministério de Minas e Energia, Henry Joseph Junior, diretor de Sustentabilidade e Parcerias Estratégicas e Institucionais da Anfavea, afirmou que o B20 pode ser implementado mais rapidamente, da mesma forma que a mistura de etanol a 30%, antes de se buscar um índice de 35%. Ele mencionou ainda a possibilidade de integrar o biodiesel com outras fontes de biocombustíveis e oxigenadores, como o HVO.

“Precisamos de biocombustíveis que contribuam com a descarbonização, independentemente das rotas. É fundamental mensurar a combinação dessas fontes”, ressaltou Joseph Junior.

A Lei do Combustível do Futuro, sancionada recentemente, estabelece que a mistura de biodiesel ao diesel deverá chegar a 20% até 2030, com a possibilidade de atingir 25% a partir de 2031. Esse aumento progressivo, previsto na Lei 14.993/2024, dependerá da análise de viabilidade e de impacto regulatório, com o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definindo o percentual adequado.

O novo marco dos biocombustíveis tem gerado debates entre os setores energético e do agronegócio, sobretudo em relação à exclusão do diesel coprocessado (diesel R5, que incorpora 5% de combustível renovável ao diesel). Também há exigências por testes adicionais para avaliar o aumento do teor obrigatório de biodiesel no diesel fóssil.

Joseph Junior destacou a importância de se realizar testes técnicos para avaliar a viabilidade da ampliação da mistura, envolvendo consumidores e distribuidores de biocombustíveis. Ele salientou que a nova especificação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para biocombustíveis representou um avanço, abordando a qualidade do biodiesel de forma mais completa e mitigando preocupações relacionadas a testes.

Para o executivo da Anfavea, os testes deverão considerar não apenas o de biodiesel, mas também a localização e a concentração dos ensaios realizados, de modo a garantir uma análise precisa e representativa da qualidade e eficá do combustível.

Fonte: portaldoagronegocio

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