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Agronegócio

Exportação de ovos do Paraná cresce 31,8% e alcança 47 países em 2024: Saiba mais sobre esse mercado em expansão

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Rodrigo Feliz Leal

As exportações de ovos e derivados do Paraná registraram um crescimento de 31,8% entre janeiro e setembro de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse desempenho marca o melhor resultado desde o início da série histórica, em 1997. Ao todo, foram exportadas 7.464 toneladas para 47 países, em contraste com as 5.663 toneladas registradas no mesmo período de 2023. A receita também aumentou 20,5%, saltando de US$ 27,2 milhões em 2023 para US$ 32,8 milhões em 2024, conforme dados do Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) do Paraná.

O mercado internacional de ovos paranaenses teve uma expansão significativa no terceiro trimestre do ano, com o número de destinos subindo de 36 para 47 países. Novos importadores incluem Bermudas, Egito, Filipinas, Gibraltar, Guiné-Bissau, Ilha de Man, Ilhas Falkland, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Suécia e Suíça, embora com volumes ainda reduzidos.

Segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o México manteve-se como o principal destino dos produtos do complexo de ovos do Paraná no primeiro semestre de 2024, com 2.828 toneladas exportadas e uma receita de US$ 12,6 milhões, representando 38,7% do total. Em seguida aparecem Venezuela, Senegal, África do Sul e Paraguai, com volumes e receitas entre US$ 3,3 milhões e US$ 6 milhões.

O “complexo” de ovos abrange ovos férteis para incubação, pintos, ovos frescos com casca, ovos cozidos e secos, gemas frescas e cozidas, e ovoalbumina, com os itens mais representativos sendo os ovos férteis e os ovos frescos com casca.

Ranking Nacional

O Paraná figura como o segundo maior exportador de ovos do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo, que exportou 9.304 toneladas e gerou uma receita de US$ 41,5 milhões de janeiro a setembro de 2024. Em terceiro lugar, o Rio Grande do Sul exportou 4.715 toneladas, seguido por Santa Catarina com 3.208 toneladas e Minas Gerais com 2.879 toneladas.

Dos seis maiores exportadores brasileiros de ovoprodutos, três apresentaram aumento no volume exportado: Mato Grosso do Sul (+57,4%), Paraná (+32,7%) e Rio Grande do Sul (+1,4%). Os outros estados tiveram redução no volume: Minas Gerais (-65,1%), São Paulo (-28,3%) e Santa Catarina (-4,6%).

Brasil: Crescimento do Paraná Contrasta com Queda Nacional

Contrariando a tendência nacional, as exportações brasileiras de ovos caíram 20,8% nos três primeiros trimestres de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, totalizando 31.851 toneladas. O faturamento também diminuiu 21,1%, atingindo US$ 117 milhões até setembro.

O México permanece como o maior importador de ovoprodutos do Brasil, com 6.988 toneladas e uma receita de US$ 30,9 milhões, embora tenha reduzido as compras em 39,9% em volume e 47,8% em valor. Outros destinos relevantes são o Chile, África do Sul, Senegal e Venezuela, com destaque para o Chile e a África do Sul, que registraram crescimentos de 167% e 689%, respectivamente, nas importações de ovoprodutos brasileiros.

Potencial de Expansão no Mercado Internacional

Apesar dos resultados recordes, o Brasil ainda direciona grande parte da produção de ovos para o mercado interno, com uso em reprodução, consumo direto, indústria alimentícia e serviços de alimentação coletiva. Há, contudo, um potencial de crescimento nas exportações à medida que a produção se expande.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta que a produção de ovos no Brasil atinja 56,9 bilhões de unidades em 2024, um crescimento de 8,5% em relação ao ano anterior, quando foram produzidas 52,4 bilhões de unidades. A estimativa para o consumo per capita é de 263 ovos por habitante ao ano. O Paraná, que registrou a maior produção já registrada na série histórica, produziu 434 milhões de dúzias em 2023, com um crescimento de 7,1% em relação a 2022.

Fonte: portaldoagronegocio

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