O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou uma aceleração superior às previsões dos analistas em outubro, registrando uma alta de 1,52%, após ter avançado 0,62% no mês anterior, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. A expectativa, segundo pesquisa realizada pela Reuters, era de um aumento de 1,48%. Com esse resultado, o índice acumula uma alta de 5,59% em um período de 12 meses.
matheus Dias, economista do FGV IBRE, destacou que, além dos efeitos climáticos adversos, a demanda global por commodities também contribuiu para essa elevação. “No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), os maiores impactos foram observados nos preços de bovinos, carne bovina e minério de ferro, produtos de exportação que registraram um aumento expressivo no volume exportado. No Índice ao Consumidor, a principal contribuição veio das tarifas de eletricidade residencial”, afirmou.
O IPA, que representa 60% do índice geral e mede a variação de preços no atacado, subiu 1,94% em outubro, em comparação com a alta de 0,70% registrada no mês anterior. Os itens que mais se destacaram no IPA foram as matérias-primas brutas, como minério de ferro (+7,20%, ante -6,01% em setembro), bovinos (+11,33%, de +4,07% em setembro) e soja em grão (+4,63%, de +2,59% em setembro).
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem um peso de 30% no índice geral, registrou uma alta de 0,42% no período, após ter avançado 0,33% em setembro, com aceleração em cinco das oito classes que compõem o índice. O grupo Habitação teve o maior impacto, apresentando um aumento de 1,35% em outubro, em comparação com o avanço de 1% no mês anterior, com destaque para a tarifa de eletricidade residencial, que subiu 5,51%, ante 3,76% em setembro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também apresentou uma elevação, passando a subir 0,67% em outubro, comparado a uma alta de 0,61% em setembro.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Fonte: portaldoagronegocio