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Política

Moraes autoriza operação contra Gayer por uso indevido de verba da Câmara antes do mandato como deputado

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O ministro , do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a operação da Polícia Federal (PF) contra o Gustavo Gayer (PL-GO) baseado na suposta coleta de “elementos informativos do desvio de públicos para a prática dos atos antidemocráticos”. 

Apesar da justificativa do suposto uso de dinheiro público, o só assumiu seu mandato em 1º de fevereiro de 2023, pouco menos de um mês depois dos atos de 8 de janeiro. Anteriormente, Gayer nunca exerceu um cargo público.

A investigação contra Gayer surgiu depois prisão preventiva contra João Paulo de Sousa Cavalcante, dono da empresa Goiás Online, e que seria amigo do parlamentar. Ele foi alvo de busca e apreensão, além de quebra de sigilo telemático, por suposto envolvimento nas manifestações de 8 de janeiro de 2023.

De acordo com documento da apuração da PF, o deputado é “apontado nas investigações como peça central da associação criminosa investigada e autor intelectual dos possíveis crimes acima descritos, responsável por direcionar as verbas parlamentares para atividades de particulares, as quais tinham o intuito de movimentar atos antidemocráticos”. 

Na decisão, Alexandre de Moraes cita o suposto papel do deputado como mentor das ações investigadas, com a função de direcionar verbas parlamentares para práticas privadas ligadas aos atos de caráter antidemocrático. 

Gayer teria, segundo o documento, autorizado a participação de membros do grupo em atividades suspeitas. Além do parlamentar, outras 17 pessoas estão sendo investigadas por desvio de verba pública, peculato, falsificação de documentos e associação criminosa.

Gustavo Gayer negou envolvimento em crimes, investigados pela PF
Gustavo Gayer negou envolvimento em crimes, investigados pela PF | : Foto: Divulgação/Jeremias Alves/Flickr

O relatório da PF informa que a análise do celular de João Paulo de Sousa Cavalcante revelou “condutas potencialmente ilícitas” do deputado Gustavo Gayer, envolvendo o “desvio de recursos públicos, que teriam, em tese, contribuído para movimentar e direcionar recursos em favor dos atos antidemocráticos”.

A corporação detalhou que a análise dos dados do celular de Cavalcante, conhecido por sua atuação no setor de comunicação e marketing em Goiânia, expôs sua ligação com Gayer, além de indícios de desvio de recursos públicos e uso de documentação falsa. 

Segundo a PF, “as investigações evidenciaram a utilização de empresa constituída em nome de João Paulo para viabilizar o recebimento de recursos públicos indevidos em razão de atividades políticas ilegítimas”.

Pelo seu perfil oficial no Instagram, Gustavo Gayer afirmou que nem ele, nem seu corpo jurídico têm acesso aos inquéritos do caso. Mas relatou tomar conhecimento da investigação pela mídia.

“Parece que eu financiei o golpe do 8 de janeiro através do crediário das Bahia”, ironizou. O parlamentar disse ter ficado “abalado” com a operação nesta sexta-feira, 26, mas que depois tomou conhecimento que seria por “financiar atos do 8 de janeiro com dinheiro público”

“Eu passei a ser deputado em fevereiro, um mês depois. Como eu financiei o 8 de janeiro com dinheiro público?”, indagou o deputado federal. Gayer ainda definiu as acusações como “surreais” e “alucinadas”.

Fonte: revistaoeste

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