Desde a sua criação, há 18 anos, o Instituto Brasileiro do Feijão (IBRAFE) tem defendido a necessidade de uma referência confiável para os preços do feijão. Essa busca se estendeu por diversas instâncias, incluindo as Secretarias de Agricultura dos estados produtores, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e, por fim, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).
No início deste ano, a CNA reconheceu a importância desse levantamento. Assim, tornou-se evidente que o preço do feijão também precisava ser monitorado e divulgado. Após meses de coleta de dados, reuniões com todos os elos da cadeia produtiva e a definição de um formato adequado, o projeto avançou. Uma das diretrizes principais foi considerar os diferentes polos de produção ao longo do ano.
O projeto foi liderado pelo pesquisador Lucilio Alves, do CEPEA-Esalq/USP, que apresentou, no dia 23, na sede da CNA em Brasília, o indicador de preços. Segundo Alves, neste ano foram realizadas visitas técnicas às regiões selecionadas para coletar informações e identificar os agentes envolvidos nas transações regionais de feijões.
“Após a identificação e cadastro desses agentes, iniciamos um contato diário para saber os preços de negócio ou ofertas recebidas. As informações são agregadas a nível regional, com valores à vista. Com base nisso, realizamos um tratamento estatístico e divulgamos o preço médio das negociações em cada região”, explicou o pesquisador.
O IBRAFE começará a divulgar essa referência diariamente, juntamente com o relatório que será publicado nas mídias sociais. No final da tarde de ontem, foram reportados negócios ao IBRAFE, indicando uma leve elevação nos preços do feijão-carioca, que corresponde à média apurada pelo Índice Feijão CEPEA.
Fonte: portaldoagronegocio