De acordo com o Projeto SIGA-MS, desenvolvido pela Aprosoja/MS, até 11 de outubro de 2024, cerca de 15,6% da área total de soja em Mato Grosso do Sul já havia sido plantada. A região Sul destaca-se com o avanço mais significativo, alcançando uma média de 22,2% de área semeada. Em contraste, a região Centro apresenta 7,2% e a região Norte, apenas 1,15% de média. Até o momento, conforme estimativas do Projeto SIGA-MS, a área plantada é de aproximadamente 702 mil hectares, segundo o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.
Em relação à safra anterior, a porcentagem de área plantada na safra 2024/2025 supera em cerca de 7,4 pontos percentuais a verificada na safra 2023/2024 até a mesma data. Os municípios que se destacam pelo ritmo acelerado do plantio incluem Sete Quedas, com 55% da área estimada, Aral Moreira, com 50%, e Amambai, Coronel Sapucaia e Laguna Carapã, todos com 45%.
Expectativas de Produção
A expectativa é que a área destinada ao cultivo da soja nesta safra seja 6,8% maior do que no ciclo anterior, totalizando 4,501 milhões de hectares. A produtividade média estimada é de 51,7 sacas por hectare, resultando em uma produção prevista de 13,977 milhões de toneladas, com base na média dos últimos cinco anos.
O êxito do cultivo da soja em Mato Grosso do Sul está intimamente ligado às condições climáticas específicas. “Estratégias como o escalonamento do plantio são essenciais para mitigar vulnerabilidades relacionadas às adversidades climáticas que podem afetar o desenvolvimento da cultura”, observa Balta.
Historicamente, a maior parte da safra é semeada entre os meses de outubro e novembro, com uma janela de plantio concentrada entre 18 de outubro e 8 de novembro, período no qual aproximadamente 70% da semeadura é realizada.
Condições Climáticas
Conforme o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (Cemtec-MS), há previsão de chuvas acumuladas entre 30 e 100 mm, principalmente nas regiões Sul, Sudoeste e Sudeste do estado, até o final de outubro. Na última semana, os maiores volumes de precipitação foram registrados nos municípios de Juti e Caarapó, com acumulados de 85,6 mm e 83,6 mm, respectivamente.
A presença do fenômeno La Niña traz incertezas quanto ao volume de chuvas na região Centro-Oeste do Brasil. Atualmente, Mato Grosso do Sul está sob a influência de um La Niña de intensidade fraca a moderada, e o clima pode ser impactado por outros fenômenos, como frentes atmosféricas e ciclones tropicais. Portanto, as precipitações no estado dependerão de uma série de fatores inter-relacionados.
Fonte: portaldoagronegocio