O ministério da agricultura e Pecuária (Mapa), em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o conselho Nacional dos Exportadores de Vinho (CONSEVITIS), realizou um evento técnico durante as celebrações do centenário da Organização internacional da Vinha e do Vinho (OIV) e do 45º Congresso Mundial da Vinha e do Vinho. O encontro ocorreu no Palais des Congrès, em Dijon, na França, e teve como objetivo promover a imagem do suco de uva brasileiro para representantes técnicos e delegados de países membros, que influenciam diretamente a regulamentação do mercado de suco de uva, um setor de crescente importância comercial para o Brasil.
A programação incluiu uma apresentação detalhada sobre a produção de suco de uva no Brasil, evidenciando as distinções entre os sucos elaborados a partir de diversas espécies e variedades de uva. O evento destacou ainda como as condições de solo e clima brasileiras impactam os níveis de açúcar e acidez dos produtos. Informações sobre as variedades de uvas mais cultivadas no país, as principais regiões produtoras, aspectos genéticos (incluindo uvas híbridas) e os princípios de sustentabilidade que orientam o setor também foram abordadas. Entre eles, ressaltou-se o modelo cooperativo de produção.
Com a presença de 50 especialistas de 17 países, o evento contou com uma degustação guiada que ilustrou o impacto do teor de sólidos solúveis no equilíbrio entre acidez e açúcar no suco de uva. O principal objetivo foi destacar as características singulares do suco de uva brasileiro e os esforços da delegação brasileira na OIV e no Codex Alimentarius para aumentar a aceitação dos parâmetros internacionais de identidade do produto.
Conforme a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, a alteração no padrão internacional traria benefícios significativos para o Brasil, facilitando o acesso do suco de uva nacional ao mercado global. A iniciativa também reafirma o compromisso do Mapa com a expansão das exportações de produtos agrícolas brasileiros e o fortalecimento da posição do país nos fóruns internacionais de regulação.
Fonte: portaldoagronegocio
