O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou, em 30 de setembro, seu Resumo de Pequenos Grãos de 2024, que aponta uma produção de trigo de 1,971 bilhão de bushels para o ano, representando uma redução de 0,5% em relação à previsão de agosto, mas um aumento significativo de 9% em relação a 2023, alcançando o maior nível desde 2016. A área plantada com trigo integral diminuiu 7% em comparação a 2023, totalizando 46,1 milhões de acres. No entanto, a área colhida cresceu 3,8%, atingindo 38,5 milhões de acres, em razão da menor taxa de abandono das lavouras. O rendimento médio em 2024 foi de 51,2 bushels por acre, superior aos 48,7 bushels por acre registrados em 2023.
Bill Lapp, economista-chefe da Advanced Economic Solutions, avaliou que as projeções do USDA são robustas, destacando que os rendimentos favoráveis foram observados em grande parte das regiões produtoras. A produção de trigo de inverno atingiu 1,349 bilhão de bushels, representando um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. A área colhida para essa variedade aumentou 6,3%, enquanto o rendimento médio foi de 51,7 bushels por acre, superando os 50,6 bushels por acre de 2023.
Quanto ao trigo de primavera, excluindo o durum, a produção foi de 542 milhões de bushels, um aumento de 8% em relação ao ano anterior, com um rendimento médio recorde de 52,5 bushels por acre, o maior desde 1919. A produção de trigo durum alcançou 80,1 milhões de bushels, apresentando uma elevação de 35%, com um rendimento médio de 39,3 bushels por acre. Lapp enfatizou que, com a ampliação da área cultivada e as condições climáticas favoráveis, a safra de 2024 superou as expectativas do setor.
O USDA também estimou que os estoques de trigo em 1º de setembro somaram 1,986 bilhão de bushels, um aumento de 12% em comparação ao mesmo período de 2023. O desaparecimento do trigo entre junho e agosto foi de 682 milhões de bushels, evidenciando uma crescente demanda pelo produto. Os estoques de trigo durum foram estimados em 67 milhões de bushels, com um aumento de 13% no desaparecimento durante o mesmo período, refletindo um ano positivo tanto para a produção quanto para o mercado de trigo nos Estados Unidos.
Fonte: portaldoagronegocio