A Inpasa, destacada como a maior produtora de etanol de milho do Brasil, anunciou nesta terça-feira o início das operações de expansão da biorrefinaria de Sinop, em Mato Grosso. Com essa expansão, a unidade se consolida como a maior do mundo na produção de biocombustível à base de cereais, conforme afirma a própria empresa.
Localizado no norte de Mato Grosso, o complexo começou a operar em 2019, em duas fases que foram concluídas até o ano passado. Desde então, a Inpasa construiu mais duas fases, que agora entram em funcionamento.
O anúncio foi feito durante a cerimônia de sanção do projeto de lei Combustível do Futuro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos em um momento ímpar da bioeconomia brasileira. Iniciativas como esta reafirmam nosso país como protagonista no cenário global, apresentando soluções que aliam desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental”, destacou José Lopes, presidente da companhia, em nota.
A planta completa em Sinop tem a capacidade de produzir 2,1 bilhões de litros de etanol por ano, processando aproximadamente 4,6 milhões de toneladas de milho durante a segunda safra. Esse volume corresponde a cerca de 10% da produção de milho de Mato Grosso, o maior produtor brasileiro do cereal.
Além de etanol, a unidade de Sinop também pode gerar 1 milhão de toneladas de farelo DDGs, 105 mil toneladas de óleo e 804,1 GWh de bioeletricidade, todos co-produtos do etanol de milho. O investimento total na unidade de Sinop alcançou R$ 4,1 bilhões.
Em setembro, a Inpasa anunciou um investimento adicional de R$ 1,2 bilhão em uma nova usina de etanol na Bahia, com capacidade de processamento anual de 1 milhão de toneladas de grãos.
Desde seu início em 2008, no Paraguai, a Inpasa expandiu suas operações e atualmente possui duas plantas em território paraguaio e três em funcionamento no Brasil, localizadas em Sinop (MT), Nova Mutum (MT) e Dourados (MS). Além disso, há duas novas unidades em construção, uma em Sidrolândia (MS) e outra em Balsas (MA).
A produção de etanol de milho tem apresentado crescimento contínuo no Brasil, com expectativa de que alcance cerca de 20% da produção total de etanol na safra atual, enquanto o restante continua concentrado no etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.
Fonte: portaldoagronegocio
