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Agronegócio

Projeção de 18 milhões de toneladas de carne de frango em 2025: O futuro sustentável da produção animal no Brasil

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À medida que a população mundial avança rumo a 9,7 bilhões de habitantes nos próximos 25 anos, a pressão sobre os sistemas alimentares aumenta de forma exponencial. Esse cenário representa um desafio significativo para a produção de alimentos, especialmente para proteínas de origem animal, como a carne de frango. O Brasil, reconhecido como o celeiro do mundo, desempenha um papel vital na produção e no fornecimento de alimentos para uma população global em crescimento.

Gisele Neri, gerente de produtos da Kemin, enfatiza a urgência deste desafio: “Atualmente, somos 8,1 bilhões de habitantes na Terra. Daqui a 25 anos, seremos 9,7 bilhões. Mais de 1,5 bilhões de pessoas a mais exigindo recursos como saúde, alimentação, educação, água, espaço e energia.” Com apenas 2% da população mundial, o Brasil já é responsável por uma parcela significativa da produção global de alimentos, incluindo soja, milho, café, açúcar, suco de laranja, carne bovina e carne de frango.

No setor de proteínas de origem animal, o Brasil se destaca como um gigante. Em 2023, o país produziu quase 15 milhões de toneladas de carne de frango, sendo que cerca de um terço desse volume foi destinado à exportação. Neri ressalta que, “em 2025, precisaremos produzir no mínimo 18 milhões de toneladas para atender à demanda proporcional da população mundial.” Esse aumento exigirá não apenas a expansão da produção, mas também substanciais na produtividade e na saúde animal.

A produção de animal enfrenta diversos desafios, e a manutenção da saúde dos animais é um dos mais cruciais. A especialista esclarece: “Devemos garantir uma oferta suficiente de proteína de origem animal, mas também de alta qualidade. Isso implica assegurar que a carne esteja livre de resíduos de antibióticos e patógenos, além de garantir o bem-estar animal desde o nascimento até o abate.”

O conceito de “One Health”, ou “Saúde Única”, emerge como uma abordagem essencial para enfrentar esses desafios. Essa filosofia busca integrar a saúde humana, animal e ambiental, promovendo uma abordagem holística e sustentável. Neri destaca: “O objetivo é minimizar o uso de todos os antimicrobianos, garantindo, ao mesmo tempo, a saúde e o bem-estar dos animais.”

Para alcançar esses objetivos, é necessária a implementação de um conjunto de estratégias e ferramentas. “A biosseguridade, a adequada e o controle de qualidade das matérias-primas são fundamentais. Produtos que auxiliam na redução do uso de antibióticos, como prebióticos, probióticos, imunomoduladores e fitogênicos, são essenciais nesse processo, tanto para a saúde e integridade intestinal quanto para o controle de patógenos”, detalha.

Adicionalmente, a escolha de aditivos, como ácidos orgânicos e adsorventes de micotoxinas, deve ser criteriosa para garantir a eficácia e segurança do alimento. Inovações tecnológicas, como o encapsulamento de ácido butírico e o uso de beta-glucanos, desempenham um papel vital na melhoria da saúde intestinal dos animais e, consequentemente, na qualidade da carne produzida.

Como líder global na produção de frango e outras proteínas, o Brasil está na vanguarda da resposta a esses desafios. A adaptação contínua e a inovação serão cruciais para assegurar que o país continue a fornecer alimentos de alta qualidade para uma população global em expansão. “O conceito de One Health é uma realidade, e todos somos responsáveis por garantir que milhões de famílias ao redor do mundo tenham acesso a uma proteína de origem animal economicamente viável, de qualidade, saborosa e segura”, conclui Neri.

Fonte: portaldoagronegocio

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