Unidades de artilharia da , próximas à fronteira com a , receberam ordens de estarem prontas para atirar em drones que sobrevoarem a capital Pyongyang.
Neste domingo, 13, a mídia estatal informou que os veículos aéreos não-tripulados têm circulado no espaço restrito da cidade norte-coreana, que fica no limite entre os dois países.
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A agência de notícias norte-coreana KCNA citou o porta-voz do Ministério da Defesa, dizendo que Pyongyang vê uma grande probabilidade de mais drones invadirem a região.
Diante dessa possibilidade, militares da Coreia do Norte foram instruídos a se preparar para todos os cenários, incluindo conflitos.
Na sexta-feira (11), a Coreia do Norte acusou o Sul de enviar drones para Pyongyang durante o período noturno desta e da semana passada. Acrescentou que a invasão exigia uma ação retaliatória.
Kim Yo Jong, irmã do ditador norte-coreano Kim Jong-un, alertou Seul sobre o risco de um “desastre horrível”. Ela disse que a culpa é do exército sul-coreano por não identificar os veículos enviados por uma organização não-governamental.
Militares da Coreia do Sul disseram que não podiam confirmar as acusações do Norte. Contudo, cogita-se que desertores e ativistas sul-coreanos enviaram pacotes de ajuda para o Norte, contendo panfletos com críticas ao ditador.
Em junho, forças militares de Pyongyang teriam direcionado, para o Sul, , com cigarro, papel higiênico e fezes.
A medida foi uma resposta a ativistas sul-coreanos que lançaram balões com pendrives de música K-pop, notas de dólares e material de propaganda contra o ditador Kim Jong-un.
A postura do vizinho fez o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, suspender um acordo militar de distensão assinado com Pyongyang em 2018, quando os países tinham uma relação melhor.
Desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953) por meio de um armistício, os dois países permanecem tecnicamente numa espécie de guerra fria. A separação existe apenas por uma zona desmilitarizada.
O acordo de 2018 pretendia reduzir as tensões na península e evitar uma escalada militar, em particular ao longo da fronteira.
Fonte: revistaoeste