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Agronegócio

Projeção da FS indica que um terço da produção de milho será destinada ao etanol até 2031

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A participação do etanol de milho no mercado de combustíveis do Brasil pode alcançar 41% até a safra de 2030/31, segundo projeções de Paulo Trucco, diretor comercial da FS. No entanto, ele ressalta que, com o crescimento da produção de cana-de-açúcar, esse percentual pode ficar ligeiramente abaixo da estimativa inicial.

Em 2031, de acordo com Trucco, a produção nacional de milho deverá atingir 140 milhões de toneladas, das quais 33,8% serão destinadas à fabricação de etanol. Ele destaca o potencial de industrialização do milho dentro do país, priorizando o processamento industrial em vez da exportação do grão in natura.

Durante o painel sobre o futuro dos biocombustíveis, realizado no primeiro dia da décima edição do Teco Latin America, em , Trucco apontou que o Brasil deverá experimentar um crescimento mais expressivo em área e produtividade de milho em comparação aos Estados Unidos, embora o rendimento médio dos EUA ainda seja superior.

A expansão da produção de etanol de milho impactará diretamente a relação entre oferta e demanda no mercado, fortemente influenciado pelo preço da gasolina. “O consumidor tem a opção de escolha e percebe que o etanol se torna mais competitivo quando o preço fica próximo ou abaixo de 70% do valor da gasolina”, explicou Trucco.

Mesmo com a previsão de aumento no consumo interno, impulsionado pela mistura de 30% de anidro, conforme previsto pelo programa Combustível do Futuro, o excesso de oferta deverá pressionar os preços do etanol nas bombas, independentemente da matéria-prima utilizada.

Trucco prevê que, diante desse cenário, o preço do etanol pode cair para até 60% do valor da gasolina, uma estratégia para estimular o consumo. Ele também vê um grande potencial para o etanol hidratado nas regiões Norte e Nordeste do país, embora reconheça que desafios logísticos ainda precisam ser superados para melhor desenvolver esses mercados.

Globalmente, o diretor da FS destacou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que estimam que o consumo mundial de etanol aumentará dos atuais 135 bilhões de litros para 154 bilhões de litros em 2030, com uma concentração significativa nas Américas, especialmente no Brasil.

Fonte: portaldoagronegocio

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