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Agronegócio

Espírito Santo impulsiona exportação de gengibre com vendas diretas para Europa

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O Espírito Santo tem se consolidado um importante polo exportador de gengibre, com vendas para 40 países apenas no ano passado. Recentemente, essa trajetória ganhou um novo capítulo com a primeira venda direta de um agricultor capixaba a uma importadora internacional. O produtor Alexandre Lemke Belz, da região serrana, concretizou essa transação com a empresa neerlandesa Toff, cuja primeira de gengibre deixou sua propriedade rural em direção ao Porto de Vitória no último dia 25 de setembro.

O contato entre Belz e a Toff foi estabelecido com o auxílio da da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) do Governo do Estado. Um representante da importadora, ao buscar apoio no Brasil, foi direcionado ao escritó do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) em Santa Leopoldina.

“O êxito dessa venda direta reafirma a competência e o potencial dos agricultores capixabas. Estamos falando de uma cultura que envolve principalmente pequenos produtores, responsáveis pela maioria das propriedades e que geraram mais de US$ 37 milhões em exportações no último ano”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

O Espírito Santo se destaca como o maior exportador brasileiro de gengibre, contabilizando quase US$ 20 milhões (mais de R$ 108 milhões) em transações de janeiro a agosto deste ano. Alexandre Belz, com 14 anos de experiência na produção de gengibre e já tendo realizado vendas para o exterior, concretizou sua primeira transação direta com uma importadora estrangeira no mês passado.

“Há alguns anos, sonhávamos em exportar para a Europa e já tínhamos parte da documentação necessária. Foi o contato com a Toff que possibilitou essa realização”, relembra Belz, que recentemente enviou seu primeiro contêiner, com mais de 19 toneladas de gengibre.

Ariel Sharon Saraiva, representante da Toff no Brasil, explicou que a empresa auxiliou o produtor na lista de requisitos para a transação, que incluíram certificação orgânica, a criação de sua própria exportadora, cadastro em sistema de comércio exterior e procedimentos de despacho aduaneiro. “Fornecemos suporte, ajudamos na obtenção das certificações e acompanhamos o produtor até o embarque da primeira carga”, revelou Saraiva. “Estamos entrando no Brasil para trabalhar com frutas orgânicas e conhecemos a qualidade do gengibre capixaba. Nosso é colaborar com mais produtores do Estado”, completou.

A venda iniciada por Alexandre Belz pode servir de exemplo para outras transações diretas, além de incentivar a de um grupo de produtores de gengibre que se unam para exportar. “Atualmente, nossa produção envolve oito famílias e a Toff já nos solicitou mais uma carga de gengibre para outubro”, informou o agricultor.

As principais áreas de produção de gengibre no Espírito Santo incluem os municípios de Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina e Domingos Martins. “Estamos discutindo a criação de uma associação de pequenos produtores que, embora não consigam produzir em grande escala individualmente, podem se unir para preencher um contêiner”, concluiu Belz.

Além do apoio do Governo do Estado, através da Seag e do Incaper, a primeira exportação de gengibre diretamente para a Europa contou ainda com a colaboração das prefeituras de Santa Leopoldina e Santa Maria de Jetibá, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-ES) e do Sebrae.

Fonte: portaldoagronegocio

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