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O experimento foi realizado em um trecho da rodovia BR-158, entre Campo Mourão e Maringá. Foto: Vinicius Hipólito
Uma pesquisa realizada na Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná, investigou o uso da cinza de bagaço de cana-de-açúcar como alternativa sustentável para aprimorar misturas asfálticas. O estudo foi conduzido em um trecho da rodovia BR-158, entre Campo Mourão e Maringá, onde a cinza substituiu parcialmente o pó de pedra, componente comum na produção de asfalto.
Os resultados mostraram que essa substituição trouxe benefícios significativos, como o aumento da resistência mecânica do asfalto e a redução do uso de agregados minerais, o que também contribuiu para a diminuição dos custos da mistura. O engenheiro e pesquisador Vinícius Hipólito, responsável pelo estudo, ressaltou a relevância dessa abordagem para otimizar os investimentos em infraestrutura. “A utilização desse resíduo não só fortalece o material, mas também nos ajuda a economizar recursos, uma vez que o asfalto é amplamente usado em nossa área de atuação”, explicou Hipólito.
Além de sua atuação na pesquisa, Hipólito trabalha na Conasa Infraestrutura, empresa que gerencia mais de 1.500 quilômetros de rodovias. Ele acredita que a integração de resíduos industriais na pavimentação, especialmente em corredores logísticos essenciais para o escoamento da produção agrícola do Mato Grosso, pode tornar a construção civil mais sustentável.
Publicado na revista Scientific Reports, o estudo reforça que o uso de resíduos como a cinza do bagaço de cana representa um caminho promissor para uma infraestrutura mais verde e eficiente.
Fonte: portaldoagronegocio