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Agronegócio

Desafios no Mercado de Arroz do Rio Grande do Sul: Estagnação nas Vendas e Atrasos no Plantio

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O mercado de arroz encontra-se em um contexto cada vez mais complexo e desafiador, com fatores que tanto pressionam os preços para baixo quanto os sustentam, resultando em uma estabilidade nos valores. De acordo com Evandro Oliveira, analista e consultor da Safras & Mercado, os orizicultores gaúchos, especialmente na Fronteira Oeste, adotam uma postura de cautela. “A falta de disposição para vendas reflete a expectativa dos produtores de que os preços possam se firmar no curto prazo, resultando em uma liquidez bastante baixa no mercado interno”, explica.

O consumo permanece lento, com agentes do setor relatando dificuldades significativas nas vendas. “Essa situação é agravada pela crise das apostas online, que impacta negativamente o varejo nacional e, consequentemente, a demanda por bens de consumo, incluindo alimentos como arroz e feijão”, pondera Oliveira.

Marcas competidoras têm reduzido ainda mais os preços para tentar movimentar os estoques, enquanto as marcas tradicionais apresentam vendas estagnadas. “O mercado asiático registrou, nesta semana, a maior queda nas cotações em quase 20 anos, após a Índia retirar restrições à exportação”, destaca o consultor. “Com a baixa disponibilidade interna no Brasil, essa forte retração internacional pode incentivar a importação de arroz, especialmente da Tailândia”, acredita.

No Rio Grande do Sul, o plantio avança de maneira desigual, atingindo cerca de 9,5% da área estimada para o estado, conforme informações do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Enquanto a Fronteira Oeste já concluiu aproximadamente 30% das atividades, a Zona Sul está sob vigilância, ainda sem iniciar o plantio devido a condições climáticas adversas. “O atraso na semeadura pode resultar em perdas, caso o plantio não ocorra dentro da janela ideal”, alerta o analista.

A média de cotação da saca de 50 quilos de arroz em casca gaúcha, principal referência nacional, fechou a quinta-feira (3) cotada a R$ 119,63, apresentando um aumento de 0,42% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, a alta foi de 1,31%, e um incremento de 16,61% em relação ao mesmo período de 2023.

Fonte: portaldoagronegocio

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