Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), balizadora do mercado de açúcar bruto, os contratos com entrega em março de 2023 fecharam a sessão do dia 27 de outubro a 17,71 centavos de dólar por libra-peso, ante 17,68 centavos em 30 de setembro, praticamente estáveis, mas perderam muito terreno na última semana do mês.
Na Bolsa de Finanças e Futuros de Londres (ICE Futures Europe), a posição dezembro do açúcar refinado era cotada a US$ 517,20 por tonelada no fechamento em 27 de outubro, queda de 2% ante a cotação de US$ 528,70 do pregão do dia 30 de setembro.
Segundo analistas, os mercados futuros de açúcar foram pressionados por indicativos de amplas ofertas nos principais países produtores e exportadores. No Brasil, a produção se recuperou bem em 2022/23 depois de um ano marcado por estiagem e geadas, e deve aumentar ainda mais no próximo ano com o etanol pouco atrativo para as usinas.
Na Índia, a Associação das Usinas de Açúcar (ISMA) estimou a produção de açúcar de 2022/23 em cerca de 36,5 milhões de toneladas. Com um estoque de passagem de cerca de 5,5 milhões de toneladas, uma produção de 36,5 milhões e vendas domésticas estimadas de cerca de 27,5 milhões, um excedente de cerca de 9 milhões de toneladas precisará ser exportado para manter o mesmo volume de estoque final em 30 de setembro de 2023.
Já em relação à Tailândia, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou uma alta uma alta de 3,3% na safra 2022/23, que deve atingir 10,5 milhões de toneladas, contra as 10,157 milhões de toneladas projetadas para 2021/22.
Após uma expressiva recuperação na produção em 2021/22, os números de 2022/23 devem ter um leve incremento, ficando ainda muito abaixo dos níveis recordes de produção, diante dos altos custos dos fertilizantes e de uma limitada alta na área cultivada com cana.
Segundo o USDA, as exportações de açúcar da temporada 2022/23 devem aumentar para 11 milhões de toneladas contra as 10 milhões de toneladas projetadas para 2021/22, um crescimento de 10% diante de um maior superávit exportável.
Fonte: portaldoagronegocio