As importações chinesas de soja provenientes dos Estados Unidos registraram um expressivo aumento de 70% em agosto em comparação ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados alfandegários divulgados nesta sexta-feira. Esse crescimento se deve, em grande parte, à estratégia dos compradores de aproveitar os preços competitivos da oleaginosa.
Os carregamentos dos EUA, que ocupa a posição de segundo maior fornecedor da China, têm se intensificado desde abril, embora o volume ainda seja significativamente inferior ao importado do Brasil, o maior produtor mundial de soja. Em agosto, a China importou 202.383 toneladas de soja americana, um aumento em relação às 119.105 toneladas do ano passado, de acordo com a Administração Geral de Alfândega.
Enquanto isso, as importações do Brasil também mostraram crescimento, com um aumento de 12%, totalizando 10,24 milhões de toneladas. Em agosto, a China alcançou um recorde de 12,14 milhões de toneladas em importações de soja, em meio a preocupações sobre uma possível intensificação das tensões comerciais com os EUA, especialmente se o candidato republicano Donald Trump for reeleito nas eleições de novembro.
O volume elevado de chegadas tem ampliado o excedente de soja na China, em um contexto de consumo de carne e laticínios em declínio devido ao desempenho fraco da economia. A soja é predominantemente esmagada para a produção de farelo destinado à ração animal e óleo para culinária.
No total, as importações de soja do Brasil de janeiro a agosto alcançaram 53,8 milhões de toneladas, um crescimento impressionante de 217% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em contrapartida, as chegadas dos EUA somaram 12,8 milhões de toneladas nesse mesmo intervalo, representando uma queda de 73% em relação ao ano passado.
Fonte: portaldoagronegocio