O uso sustentável dos recursos marinhos e costeiros, com foco na promoção do crescimento econômico e no avanço tecnológico do setor, será um dos principais temas do VI International Fish Congress & Fish Expo Brasil (IFC Brasil). O evento, que acontecerá de 24 a 26 de setembro em Foz do Iguaçu, Paraná, reunirá importantes especialistas internacionais, como Gonçalo Santos, especialista em aquicultura da Noruega, e Jose Aguilar Manjarrez, representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) na América Latina e Caribe, com sede no Chile.
No painel que abre o congresso, no dia 24 de setembro às 9h, Gonçalo Santos abordará as megatendências globais da aquicultura, enquanto Jose Aguilar Manjarrez discutirá “A transformação azul e as diretrizes para a aquicultura”. O objetivo central é explorar a evolução da produção de pescados, destacando a sustentabilidade como princípio norteador e delineando os rumos futuros da aquicultura em nível mundial. Altemir Gregolin, presidente do evento, destacou a importância deste debate para o Brasil: “Vamos discutir as tendências mais significativas para o desenvolvimento dessa cadeia produtiva e traçar estratégias para que o país possa desenvolver um modelo sustentável, ampliando seu acesso ao mercado internacional.”
Entre as principais tendências destacadas por Gregolin estão as novas tecnologias e sistemas de produção, além de inovações no campo da nutrição e da sanidade para a aquicultura. Ele ressaltou a importância dos sistemas de produção com reuso de água como uma solução moderna e sustentável. “O desafio é construir um modelo de produção tecnologicamente avançado e sustentável que mantenha o Brasil competitivo no cenário internacional, garantindo certificações e rastreabilidade”, explicou.
Eliana Panty, CEO do International Fish Congress Brasil, enfatizou a relevância de discutir a Economia Azul, conceito que envolve o uso sustentável dos recursos marinhos e costeiros para impulsionar o crescimento econômico, sem prejudicar a saúde dos ecossistemas. “Essa é uma discussão recente, mas já ocupa o centro das atenções das principais economias do mundo. Os oceanos, que cobrem mais de dois terços do planeta, são essenciais na luta contra o aquecimento global, na preservação da biodiversidade, e no fornecimento de energia, alimentos e recursos naturais. Eles também desempenham um papel estratégico no crescimento econômico global e na distribuição equitativa de prosperidade”, afirmou.
O IFC Brasil 2024 promete ser um importante espaço de debate para impulsionar a aquicultura e promover o desenvolvimento sustentável do setor, alinhando o Brasil com as tendências globais de sustentabilidade e inovação.
Fonte: portaldoagronegocio