As exportações de milho no Brasil seguem abaixo dos níveis observados em 2023, despertando preocupações no mercado quanto ao volume total que será embarcado nesta temporada. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até o momento, o volume de milho não moído (exceto milho doce) exportado em setembro de 2024 atingiu 3.075.981,1 toneladas. Esse número representa apenas 35,16% do total exportado no mesmo mês do ano passado, quando o Brasil embarcou 8.746.381,3 toneladas.
A média diária de embarques nos primeiros 10 dias de setembro deste ano foi de 307.598,1 toneladas, o que indica uma queda de 29,7% em relação à média diária registrada em setembro de 2023, que foi de 437.319,1 toneladas.
Ronaldo Fernandes, analista de mercado da Royal Rural, ressalta o receio presente no setor sobre o desempenho das exportações de milho nesta temporada. “Em julho, já exportamos menos do que o esperado. Em agosto, encerramos com quase 1 milhão de toneladas a menos, e agora, em setembro, o line-up também está abaixo das expectativas. A Conab divulgou um relatório projetando exportações em torno de 30 milhões de toneladas, mas imagine se o Brasil exportar apenas isso. Nossa estimativa aqui é de 40 milhões, e mesmo que cheguemos a esse número ou a 41 milhões de toneladas, ainda teremos um estoque de milho muito elevado”, observa Fernandes.
No que diz respeito ao faturamento, o Brasil arrecadou até o momento US$ 606,522 milhões em setembro de 2024, um valor significativamente inferior aos US$ 1,993 bilhão registrados no mesmo mês de 2023. A média diária de receita caiu 39,2%, com US$ 60,652 milhões por dia útil em comparação aos US$ 99,685 milhões de setembro do ano passado.
Além disso, o preço médio pago pela tonelada do milho brasileiro também sofreu uma queda. Em setembro de 2023, o valor era de US$ 227,90 por tonelada, enquanto na primeira semana de setembro de 2024, o preço recuou 13,5%, sendo negociado a US$ 197,20 por tonelada.
Fonte: portaldoagronegocio