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O Setembro Amarelo teve sua origem nos Estados Unidos, em 1994. Naquele ano, o jovem Mike Emme, de 17 anos, tirou a própria vida em um Mustang 68, que ele mesmo havia restaurado e pintado de amarelo. Durante o funeral, seus amigos e familiares distribuíram cartões com laços amarelos, contendo mensagens de apoio para quem enfrentava dificuldades semelhantes às de Mike. 

Esse gesto simples deu início à campanha Yellow Ribbon (do inglês, fita amarela), de prevenção ao suicídio. Em 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. Inspirado por essa iniciativa, o Brasil adotou o mês de setembro como símbolo de conscientização sobre o tema, oficializando o Setembro Amarelo em 2015.

Dados sobre suicídio

O suicídio é um problema de global. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais pessoas morrem por suicídio do que por doenças como malária, câncer de mama e HIV, ou mesmo por guerras e homicídios. No Brasil, o cenário é preocupante: cerca de 14 mil pessoas tiram a própria vida a cada ano, uma média de 38 mortes por dia.

Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde mostram que, entre 2016 e 2021, houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade por suicídio entre adolescentes de 15 a 19 anos e de 45% entre crianças de 10 a 14 anos. As taxas entre homens e mulheres também apresentam diferenças significativas: a taxa entre os homens é de 12,6 a cada 100 mil, enquanto entre as mulheres é de 5,4 a cada 100 mil.

Embora o dia 10 de setembro seja oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o movimento busca promover discussões durante o ano inteiro. Em 2024, o lema da campanha é “Se precisar, peça ajuda”, um convite para que as pessoas busquem suporte antes de chegar a um ponto crítico. 

“O suicídio é uma questão de saúde pública que pode ser prevenida”, afirma Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o responsável por ter colocado no calendário nacional o Setembro Amarelo. “Não basta apenas fazermos campanha no mês de setembro. É preciso falar sobre o assunto 365 dias ao ano.”

Entre os fatores que contribuem para o suicídio, destacam-se transtornos mentais como depressão, transtorno bipolar, dependência de álcool e drogas, além de traumas e violências vivenciadas ao longo da vida. No sexo feminino, o boletim do Ministério da Saúde aponta que transtornos alimentares, transtorno bipolar, estresse pós-traumático e problemas de relacionamento interpessoal são as causas mais frequentes. Já entre os homens, sentimentos de desesperança, separação parental e comportamentos suicidas dos pares estão entre os principais fatores.

Como ajudar?

A prevenção ao suicídio envolve a identificação precoce de transtornos mentais e o acesso a tratamentos adequados. “É preciso mais investimento em prevenção de doenças e facilitar o acesso ao tratamento psiquiátrico”, destaca Antônio Geraldo da Silva. Além disso, ações para reduzir o estigma e informar a população sobre como reconhecer os sinais de alerta são essenciais.

A causa pede uma série de ações e, sobretudo, uma mudança cultural no modo como o sofrimento mental é visto. De acordo com especialistas, muitas vidas poderiam ser salvas se o diálogo e o apoio emocional fossem mais acessíveis e o tabu em torno do suicídio fosse desconstruído. O suicídio pode ser evitado quando sintomas e sinais são identificados e tratados a tempo.

Um dos principais caminhos para a prevenção é a promoção de uma conversa aberta sobre o assunto. Muitas vezes, as pessoas que enfrentam ideação suicida não se sentem confortáveis para compartilhar seus sentimentos, seja por vergonha ou medo de . No entanto, essa barreira pode ser superada com uma abordagem acolhedora e sem preconceitos, onde o indivíduo se sinta ouvido e respeitado.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) , que realiza mais de dois milhões de atendimentos por ano, oferece apoio emocional gratuito por meio de telefone, chat ou e-mail. Seu modelo é sigiloso e não diretivo, ou seja, não há aconselhamento ou julgamento.

No entanto, nem sempre só o apoio emocional é suficiente. Em muitos , a intervenção médica é essencial para evitar o suicídio. Isso pode envolver desde sessões de terapia até o uso de medicação adequada para tratar transtornos mentais como depressão e ansiedade. 

Ainda assim, o preconceito em torno da saúde mental é um dos maiores obstáculos para a prevenção. Por razões religiosas, culturais e morais, o suicídio foi, por muito tempo, visto como pecado ou motivo de vergonha. Hoje, embora já se reconheça que se trata de um problema de saúde pública, ele ainda não recebe a devida atenção. É fundamental entender que transtornos mentais são doenças que precisam ser tratadas – assim como qualquer outra condição de saúde. 

A transparência e o diálogo, aliados ao apoio emocional e ao acesso a tratamentos adequados, são as principais armas na luta contra o suicídio. É isso que reforça a campanha Setembro Amarelo: “Se precisar, peça ajuda“.

Fonte: abril

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