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Agronegócio

Paraná se destaca na exportação de bacon e fruticultura em 2023

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O Paraná conquistou um recorde em 2023 ao exportar 70,4 toneladas de bacon, representando 62% das 114 toneladas exportadas pelo Brasil. Este destaque no setor de carnes é abordado no mais recente Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 31 de agosto a 5 de setembro, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. O boletim também fornece uma visão geral sobre a fruticultura e o plantio de culturas para a safra 2024/25.

O bacon, classificado como “barrigas e peitos, entremeados de suíno, salgados, etc.” na plataforma Agrostat, foi especialmente valorizado em 31 de agosto, Dia Internacional do Bacon. De acordo com o Regulamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o bacon é produzido a partir do corte da parede tóraco-abdominal de suínos e é curado e defumado.

Em 2023, o Brasil exportou cerca de 114 toneladas dessa categoria a um preço médio de US$ 4,37 por quilo, totalizando R$ 638,3 mil. O Paraná foi responsável por 70,4 toneladas, gerando US$ 307,6 mil em receita. São Paulo e Rio de Janeiro seguiram na lista com 17,4 e 7,4 toneladas, respectivamente.

O principal destino das exportações de bacon foi o Paraguai, que adquiriu 68 toneladas, representando 60% das exportações totais. Outras regiões que se destacaram foram Libéria e Ilhas Marshall. No primeiro semestre de 2024, o Paraná manteve a liderança com 49,4 toneladas exportadas, acumulando US$ 222,6 mil.

Fruticultura em Foco

O Valor Bruto da Produção (VBP) do Paraná, que alcançou R$ 198 bilhões, é dominado pela produção de grãos, cereais e proteínas animais. No setor de fruticultura, que representa 1,5% do VBP, foram colhidas 1,4 milhão de toneladas de frutas em 54,3 mil hectares, gerando R$ 2,9 bilhões. A laranja lidera com R$ 752 milhões, seguida pelo morango, uva, banana e tangerina, que juntas representam 67,7% do VBP do setor.

“Embora a fruticultura tenha uma participação menor na economia rural estadual, ela é crucial para o desenvolvimento regional e a geração de empregos e renda”, observa Paulo Andrade, engenheiro agrônomo do Deral.

Culturas e Desafios

O plantio de milho para a safra 2024/25 já começou no Paraná, com 48 mil hectares semeados, representando 18% da área projetada. Apesar das previsões meteorológicas indicando menos chuvas e temperaturas elevadas, as recentes chuvas devem beneficiar o plantio.

O cultivo de feijão também começou, cobrindo cerca de 3% da área de 131 mil hectares. A área projetada é 22% maior do que a do ano anterior, com a expectativa de uma colheita de 251 mil toneladas, caso as condições sejam favoráveis.

No setor de trigo, a colheita está em andamento, com 11% da área total de 1,1 milhão de hectares já colhida. No entanto, a qualidade das lavouras piorou, com apenas 36% das áreas em boas condições.

Outras Atualizações

O preço médio do leite posto na indústria caiu para R$ 2,73 em agosto, uma diminuição de 0,8% em relação ao mês anterior, embora ainda seja 7,47% superior ao do ano passado. No varejo, os preços dos derivados de leite apresentaram variações, com quedas na maioria dos produtos, exceto no leite em pó e na muçarela.

O custo de produção do frango no Paraná aumentou para R$ 4,61 o quilo em julho, refletindo um aumento de 0,7% em relação a junho e 6,5% comparado ao mesmo mês do ano anterior. Em outros estados, o custo também subiu, com Santa Catarina e Rio Grande do Sul registrando aumentos significativos.

O boletim do Deral oferece uma visão abrangente sobre o desempenho agropecuário do Paraná, destacando tanto os sucessos quanto os desafios enfrentados no setor agrícola e pecuário.

Fonte: portaldoagronegocio

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