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Agronegócio

Escolha do Híbrido de Milho: Qualidade da Silagem Como Fator Crucial

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A seleção do híbrido de milho para a produção de silagem desempenha um papel fundamental na qualidade e no custo do alimento conservado. Embora diversas culturas forrageiras possam ser usadas para silagem, o milho se destaca devido à sua alta produtividade de matéria seca. Em sistemas pecuários intensivos, como propriedades leiteiras e de corte, os custos com alimentação podem representar até 70% do total investido, o que torna essencial uma silagem de baixo custo para manter a competitividade.

Contrariamente à ideia de que a economia em insumos pode reduzir o custo da silagem, a prática ideal é investir assertivamente em manejo e processos para alcançar um retorno mais significativo. A eficiência da silagem não se resume apenas ao custo inicial, mas também à sua capacidade de oferecer maiores retornos produtivos e reduzir o custo por quilo de matéria seca ou Mcal de energia produzida.

O híbrido de milho escolhido tem um impacto decisivo sobre o retorno do investimento na silagem. No passado, a preferência era por híbridos que ofereciam maior rendimento por área, com foco em estocar o máximo de alimento, independentemente da qualidade. Contudo, com o tempo, a atenção se voltou para híbridos com maior potencial energético, como aqueles que favorecem a produção de grãos, uma fração importante da silagem. Atualmente, é reconhecido que tanto os grãos quanto a fração vegetativa do milho são essenciais para oferecer o máximo valor nutricional e, consequentemente, promover um melhor desempenho animal. Por isso, optar por híbridos que proporcionam elevados rendimentos energéticos por área, incluindo tonelagem de amido e fibra em detergente neutro (FDN) digestível, é a escolha mais adequada.

Além da análise de valores absolutos de rendimento de matéria seca, amido e FDN digestível, alguns técnicos e produtores utilizam estimativas como “tonelada de leite por tonelada de matéria seca” e “tonelada de leite por hectare”, baseadas em modelos como o Milk2006 ou Milk2024, desenvolvidos pela Universidade de Wisconsin (EUA). Embora esses modelos ofereçam informações valiosas para a comparação de híbridos, eles não substituem a análise direta dos atributos do híbrido. É importante que os produtores considerem também as características específicas que atendem melhor às suas necessidades.

Ao selecionar um híbrido, outros fatores devem ser considerados, tais como:

  • Ciclo de maturidade: Adequação ao período de cultivo e colheita.
  • Biotecnologias disponíveis: Resistência a herbicidas (como glifosato e glufosinato de amônio) e controle de lepidópteros (como broca do colmo e lagartas diversas).
  • Estabilidade agronômica: Desempenho em condições adversas, como estresse e seca.
  • Resistência genética: Proteção contra principais doenças foliares e de espiga.
  • Tolerância a molicutes e viroses: Proteção contra vírus como o CMV.

Escolher o híbrido de milho adequado é essencial para maximizar a qualidade da silagem e, consequentemente, a eficiência e a sustentabilidade dos sistemas pecuários.

Fonte: portaldoagronegocio

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