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Agronegócio

Estado e Cooperativa Integrada se unem no combate ao Greening na citricultura: uma parceria decisiva.

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O Governo do Estado está intensificando seus esforços contra o greening, também conhecido como HLB (Huanglongbing), uma praga devastadora para a citricultura. Em uma colaboração estratégica com a Integrada Cooperativa Agroindustrial, o estado busca enfrentar a doença que, devido à sua severidade e rápida disseminação, representa um desafio significativo para os produtores. A Integrada está investindo em novos pomares e comprometida com a luta contra a doença na região Norte do Paraná.

Em reunião realizada na sede da Cooperativa, em Londrina, o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, e o presidente da Cooperativa, Jorge Hashimoto, reforçaram o compromisso com essa causa. “O combate ao greening é uma tarefa que requer a colaboração entre o poder público, entidades do setor, produtores e industriais. O Norte do Estado tem potencial para expandir sua citricultura, e a Integrada é uma parceira fundamental nesse esforço”, afirmou Souza.

O secretário destacou a importância da participação dos municípios no controle da doença, ressaltando a relevância econômica e social da citricultura no estado, que gera inúmeros empregos ao longo da cadeia produtiva. “É crucial que todos se engajem no combate ao greening, pois a falta de ação afeta a todos”, acrescentou.

Hashimoto endossou a parceria, enfatizando o impacto positivo que pode ter para os cooperados. A Integrada, que já possui uma indústria de sucos de laranja e está prestes a plantar 550 hectares adicionais na região de Cornélio Procópio, está empenhada em combater a doença. “Estamos muito satisfeitos com esta colaboração. Temos uma indústria e mais de 100 produtores enfrentando o greening. Precisamos agir com determinação para vencer essa batalha”, afirmou Hashimoto.

Estratégias e Desafios

Atualmente, não existe cura conhecida para o greening. O controle é realizado por meio de práticas preventivas, incluindo pulverizações adequadas e uso de produtos eficazes. “Nosso enfoque está em conscientização, fiscalização e intensificação das ações no campo, já que o controle deve ser coletivo devido à mobilidade do inseto transmissor”, explicou Renato Rezende Blood Young, chefe do Departamento de Sanidade Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

O trabalho no Noroeste do Estado, que também enfrenta desafios com o greening, tem mostrado sucesso devido à colaboração entre o governo, a iniciativa privada e administrações municipais. A remoção de árvores infectadas, tanto em áreas urbanas quanto em torno e dentro dos pomares comerciais, é uma estratégia essencial para preservar a produção, contando com o apoio do setor produtivo e industrial.

A doença é causada pela bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus (CLas) e transmitida pelo psilídeo asiático dos citros (Diaphorina citri). Desde 2016, a Adapar tem implementado o controle com o uso de Tamarixia radiata, uma vespa que reduz a população de psilídeos. A presença dessas vespas auxilia na diminuição da incidência da doença e reduz a necessidade de inseticidas.

Impactos e Produção

O greening provoca a queda prematura dos frutos, reduzindo a produção e comprometendo a qualidade, com frutos menores, deformados e de sabor prejudicado. No Brasil, o greening afeta todas as espécies cítricas e também a murta, utilizada como planta ornamental.

A citricultura é um setor importante na fruticultura paranaense. Dados de 2023 indicam que 29,3 mil hectares foram dedicados ao cultivo de citros, com destaque para a laranja, que ocupou 20,8 mil hectares. A produção totalizou 860,6 mil toneladas, gerando receitas significativas para o estado.

Presenças

A reunião contou com a participação de Antonio Carlos Barreto, chefe do Núcleo Regional da Seab em Londrina; Benno Doetzer, diretor técnico da Seab; Caroline Garbuio, coordenadora do programa de Fiscalização do Comércio de Fertilizantes e Afins na Adapar; Marcelo Matsubara e Valdir Lourenço, chefes dos escritórios regionais da Adapar em Londrina e Cornélio Procópio, respectivamente; Adriana Salvador, fiscal da Adapar em Cornélio Procópio; e Edson Arthur Oliveira, superintendente de Insumos e Técnica da Integrada, além de outros técnicos e diretores da Cooperativa.

Fonte: portaldoagronegocio

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