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Agronegócio

Dólar mantém estabilidade em dia de cautela global: dados dos EUA e ata do Fed em destaque

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Nesta quarta-feira, o dólar oscilou de forma limitada frente ao real, refletindo a cautela global dos investidores à espera de importantes divulgações econômicas dos Estados Unidos. Às 9h42, a moeda norte-americana à vista registrava uma leve queda de 0,17%, cotada a R$ 5,4770 na venda. Na B3, o contrato futuro de dólar com vencimento mais próximo apresentava variação negativa de 0,01%, a R$ 5,4860 na venda.

Os investidores globais se preparam para dois eventos econômicos cruciais que devem influenciar a sessão desta quarta-feira: a divulgação dos dados revisados de emprego pelo Departamento de Trabalho dos EUA, às 11h, e a ata da reunião de política monetária do Federal Reserve de julho, às 15h.

Os mercados estão em busca de sinais sobre a trajetória futura dos juros na maior economia do mundo e tentam dissociar os temores de uma desaceleração econômica severa que afetou globalmente índices acionários e moedas de maior risco no início do mês.

Atualmente, os operadores de mercado estão totalmente precificando um corte de juros pelo Fed em setembro, com 67% de chance de uma redução de 0,25 ponto percentual e 33% de probabilidade de um afrouxamento mais significativo de 0,5 ponto percentual. Espera-se que o Fed implemente quase 100 pontos-base de cortes até o final do ano. Reduções nas taxas de juros tendem a enfraquecer o dólar, tornando-o menos atraente em comparação com os rendimentos mais baixos dos Treasuries.

A ata da reunião deve revelar a profundidade das discussões sobre cortes de juros entre as autoridades do Fed. Desde a reunião de julho, vários membros do banco central dos EUA têm demonstrado abertura para considerar um afrouxamento na reunião de setembro. Segundo Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, a ata pode refletir a divergência nas avaliações econômicas, com discussões sobre uma economia robusta e um mercado de trabalho aquecido.

“Os investidores estão interessados em entender como a discussão sobre a conjuntura econômica foi conduzida e quais critérios foram debatidos para iniciar um processo de corte de juros”, acrescentou Mattos.

O evento mais aguardado da semana é o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira. Espera-se que Powell ofereça indícios mais claros sobre a política monetária futura do banco central.

No cenário global, o dólar manteve-se relativamente estável em relação a outras moedas emergentes, com oscilações mínimas frente ao peso colombiano e ao peso chileno e uma ligeira valorização em relação ao peso mexicano. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas, apresentava uma leve alta de 0,03%, cotado a 101,410.

No Brasil, a ausência de eventos macroeconômicos relevantes fez com que os investidores se concentrassem nas movimentações externas. A curva de juros brasileira mostrou poucas alterações pela manhã, mas ainda sugere uma Selic mais alta ao final do ano, com expectativas de aumento de juros sendo discutidas para a próxima reunião do Copom em setembro.

“Se o mercado não considerar a alta da Selic como certa, podemos ver uma desvalorização do câmbio no Brasil”, alertou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. Um aumento na Selic geralmente é benéfico para o real, pois eleva o diferencial de juros entre os EUA e o Brasil, tornando a moeda brasileira mais atraente para investimentos.

Fonte: portaldoagronegocio

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