A semana foi marcada por um baixo volume de negociações no mercado brasileiro de algodão, acompanhado por uma tendência de preços fracos. De acordo com a Safras Consultoria, houve alguma demanda por parte de exportadores, com interesse em contratos para pagamento em dezembro de 2024, com prazo de oito dias.
No entanto, a Safras Consultoria destaca que este período é caracterizado por uma oferta mais restrita da pluma brasileira, o que contribui para a redução da liquidez no mercado físico. Nesta quinta-feira (15), o preço da pluma em Rondonópolis, no Mato Grosso, foi cotado a R$ 3,88 por libra-peso (equivalente a R$ 128,16 por arroba), uma queda de 0,50% em relação ao valor de R$ 3,59 por libra-peso registrado na semana anterior, em 8 de agosto.
“A indústria doméstica trabalhou com compras pontuais, atendendo apenas à demanda imediata, mas de modo geral manteve-se mais retraída,” afirmou a Safras Consultoria. No polo industrial de São Paulo, a desvalorização do algodão ao longo da semana foi de 0,99%. Na quinta-feira, o preço foi de R$ 4,02 por libra-peso, comparado a R$ 4,06 por libra-peso na semana anterior.
Estimativas da Conab para a Safra de Algodão 2023/24
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a safra brasileira de algodão em pluma para a temporada 2023/24 em 3,644 milhões de toneladas, um aumento de 14,8% em relação às 3,173 milhões de toneladas da safra 2022/23. Esses dados fazem parte do 11º levantamento da Conab, divulgado nesta semana.
A produtividade das lavouras está estimada em 1.874 quilos de algodão em pluma por hectare, uma ligeira redução em comparação com os 1.907 quilos por hectare registrados na temporada anterior. A área plantada com algodão na temporada 2023/24 é de 1,944 milhão de hectares, representando um crescimento de 16,9% em relação aos
1,663 milhão de hectares cultivados na safra passada.
O Mato Grosso, maior produtor de algodão do país, deve colher 2,637,9 milhões de toneladas de pluma, um aumento de 17,2% em comparação com as 2,251,5 milhões de toneladas produzidas na safra 2022/23. A Bahia, segundo maior produtor, espera uma colheita de 669,0 mil toneladas, representando uma elevação de 6,8% em relação às 626,2 mil toneladas do ciclo anterior. Goiás, por sua vez, deve registrar uma safra de 57,5 mil toneladas, um crescimento de 10,6% sobre as 52 mil toneladas colhidas em 2022/23.
O relatório da Conab também destacou que, em julho, o clima seco predominou no Mato Grosso, com temperaturas médias moderadas na maior parte dos dias. Essas condições climáticas favoreceram uma colheita intensa, resultando em um incremento na produtividade em comparação ao levantamento anterior. Além disso, a qualidade das fibras se manteve dentro dos parâmetros comerciais, o que contribuiu para o desempenho positivo da safra.
Fonte: portaldoagronegocio