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Agronegócio

Brasil projeta safra recorde de grãos: 298,6 milhões de toneladas em 2023/2024

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O Brasil projeta uma produção de aproximadamente 299 milhões de toneladas de grãos para a safra 2023/2024, que está se encerrando. Este volume representa uma redução de 21,2 milhões de toneladas em relação à safra anterior, conforme divulgado nesta terça-feira, 13 de agosto, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A estimativa para a soja nesta safra é de 147,38 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 4,7% em comparação com a safra passada. No que diz respeito ao milho, a colheita da segunda safra está avançando e já supera 90% da área cultivada no país. A produção de milho está estimada em 90,28 milhões de toneladas, mas os resultados foram afetados por condições climáticas adversas e pela redução na área plantada. Segundo o último levantamento da Conab, estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul enfrentaram altas temperaturas e ataques de pragas que comprometeram o potencial produtivo do cereal.

Alberto Pessina, CEO da Agromove, analisa que os produtores que utilizaram a Bolsa para proteger a safra e a “safrinha” 2023/2024 obtiveram bons resultados. No caso da soja, alguns produtores conseguiram vender a produção a US$ 30 por saca, recebendo até US$ 3 a mais. No milho, a proteção da safra foi feita a R$ 70 por saca, com ganhos de até R$ 14 por saca sobre o mercado. No entanto, aqueles que não recorreram a essa proteção enfrentam prejuízos significativos. Além disso, os recursos do Plano Safra são considerados insuficientes e com juros elevados, agravando a situação financeira dos produtores.

Para a próxima safra, espera-se uma redução nos custos de produção, mas também uma queda nos preços de venda. “Os produtores que não estiverem atentos às margens de negociação dos insumos correm o risco de enfrentar outra safra difícil em 2024/2025, especialmente com o aumento significativo no volume global de soja,” adverte Pessina.

O setor pecuário também está atento a esse cenário. Em Mato Grosso, o maior produtor de carne vermelha do Brasil, os abates de vacas e novilhas diminuíram gradualmente, com uma redução de 49,72% no primeiro semestre. De acordo com a Agromove, o ciclo pecuário está próximo do fim, o que pode resultar em menor oferta de matrizes para os frigoríficos em 2025. Isso deve elevar o preço do bezerro e deteriorar a relação de troca, embora os preços do boi gordo possam melhorar.

Fonte: portaldoagronegocio

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