Durante o 6º Fórum Café e Clima da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Rural Clima, apresentou um painel sobre as “Previsões Climáticas para a Safra 2025 – Como se Prevenir do La Niña”.
Segundo Marco Antônio, a produção de café no Vietnã foi negativamente impactada pelo El Niño, que provocou a ausência de chuvas na região sul da Ásia devido ao aumento das temperaturas das águas no Oceano Índico. Esse fenômeno resultou em condições muito secas, afetando a produção de café no país.
No Brasil, estados como Espírito santo e rondônia também enfrentaram desafios devido às altas temperaturas e precipitações abaixo da média durante a safra. Para os próximos quarenta dias, há uma expectativa de chuvas pontuais em Guaxupé/MG, com um padrão de tempo seco e temperaturas acima da média. Agosto deve ser marcado por temperaturas elevadas, com variações significativas entre as manhãs e tardes.
O agrometeorologista destacou que, atualmente, o fenômeno La Niña ainda não está em ação, e estamos sob uma condição de neutralidade climática. Espera-se que o La Niña se manifeste mais tarde, na primavera, especialmente entre setembro e outubro. No entanto, sua intensidade deverá ser fraca a moderada e não deve causar prejuízos significativos para a safra brasileira. O fenômeno deve se comportar de forma branda e não provocará longos períodos de estiagem.
Marco Antônio concluiu que a safra 2024/25 será, de fato, influenciada pelo La Niña, mas o impacto será relativamente moderado, com o pico do fenômeno previsto para o final de dezembro e início de janeiro. Caso se concretize, poderemos enfrentar um final de ano mais seco e com temperaturas ligeiramente mais altas.
Fonte: portaldoagronegocio
