A Argentina se prepara para produzir e exportar mais trigo na safra 2024-25, de acordo com um relatório do Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção de trigo está projetada em 18,6 milhões de toneladas, um aumento significativo em relação às 15,7 milhões de toneladas da safra 2023-24. Este crescimento se deve ao aumento da área plantada, que alcançou 6,2 milhões de hectares, impulsionada pelas condições climáticas favoráveis em abril e maio, que incentivaram os agricultores a expandir o cultivo além do inicialmente previsto.
As exportações de trigo também devem crescer, estimadas em 12,4 milhões de toneladas, superando as 9,2 milhões de toneladas da temporada anterior. O Brasil é o principal destino desse trigo, seguido por Indonésia e diversos países africanos, conforme destaca o FAS.
Em contrapartida, a produção de milho deve cair, com estimativa de 49 milhões de toneladas, uma redução de 2 milhões de toneladas em comparação com 2023-24. A área de plantio de milho foi reduzida em 200 mil hectares, e o início do plantio da nova safra está previsto para o final de agosto ou início de setembro. Contudo, ainda existem incertezas quanto à área total de plantio devido aos danos causados por uma doença de nanismo do milho no centro-norte da Argentina, que reduziu a produção em mais de 15%. Em resposta, muitos agricultores da região optaram por plantar trigo como alternativa para manter a rotação de culturas.
As exportações de milho estão previstas para atingir 35,5 milhões de toneladas em 2024-25, comparadas a 34 milhões de toneladas na safra 2023-24. De acordo com o FAS, as vendas de milho e soja estão mais lentas do que o habitual, pois muitos agricultores, em situação financeira estável, estão aguardando uma recuperação nos preços antes de vender seus estoques.
Fonte: portaldoagronegocio