Na segunda quinzena de julho, os preços dos ovos têm mostrado uma tendência de queda contínua. Esse movimento é reflexo da menor demanda frente a uma oferta abundante, resultando em sobras nas granjas. Relatos de colaboradores consultados pelo Cepea indicam que as vendas estiveram significativamente reduzidas ao longo do mês, impulsionadas pela retração na demanda. Esse cenário tem pressionado os preços para baixo.
Além disso, os pesquisadores do Cepea estão monitorando os efeitos de um recente foco de Newcastle em uma granja comercial de frangos em Anta Gorda (RS) sobre o setor. Embora o Ministério da Agricultura e Pecuária tenha notificado a Organização Mundial de Saúde Animal sobre o fim do foco da doença na última sexta-feira, 26 de julho, o Rio Grande do Sul permanece temporariamente impedido de exportar ovos para diversos países, incluindo o Chile.
Essa suspensão é motivo de preocupação para o setor, uma vez que o Chile tem sido o principal destino das exportações brasileiras de ovos, tanto in natura quanto processados, nos últimos meses. Se esse volume não for redirecionado para outros mercados, a já elevada oferta de ovos no mercado interno pode aumentar ainda mais, exercendo pressão adicional sobre os preços da proteína.
Fonte: portaldoagronegocio