Nesta segunda-feira (24), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) reportou que os embarques de carne bovina fresca, refrigerada e congelada alcançaram 142,6 mil toneladas na terceira semana de outubro/22. No ano passado, o mês de outubro encerrou com 82,1 mil toneladas em 20 dias úteis diante da suspensão das exportações de carne bovina em função da confirmação de dois casos atípicos de vaca louca.
Na terceira semana de outubro, a média diária exportada ficou em 10,1 mil toneladas e registrou uma valorização de 148,00%, frente ao observado no mês de outubro do ano anterior, que ficou em 4,1 mil toneladas.
De acordo com o Analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o desempenho dos embarques de carne bovina estão recuando a cada semana e isso é um sinal de mudança no comportamento dos chineses. “Na comparação com semanas anteriores, realmente dá pra notar que as vendas estão em desaceleração, o que pode ser uma mudança de comportamento entre os importadores chineses e o fato da moeda chinesa estar depreciada”, informou.
Os preços médios na terceira semana de outubro ficaram próximos de US$ 5.898 mil por tonelada, na qual teve uma alta de 14,2% frente aos dados divulgados em outubro de 2021, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 5.166,6 mil por tonelada.
No comparativo com a primeira semana de outubro,o preço médio recuou 1,11%, em que estava próximo de US$ 5.964 mil por tonelada. No fechamento de agosto/22, o preço médio ficou em torno de US $ 6.132 mil, o que representa uma queda de 3,81% frente ao valor atual.
O valor negociado para o produto na terceira semana de outubro ficou em US $ 841,679 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de outubro do ano anterior foi de US $ 424,631 milhões. A média diária ficou em US$ 60,120 milhões e registrou uma valorização de 183,2%, frente ao observado no mês de outubro do ano passado, que ficou em US $21,231 milhões.
O analista de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, apontou que os preços pagos pela China reduziram em 13% frente ao primeiro trimestre deste ano.“Diante desse cenário, as indústrias frigoríficas estão sentindo as margens de rentabilidade mais apertadas e isso reforça a pressão baixista no mercado bovino”, relatou.