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Agronegócio

USDA Anuncia Venda de 500 Mil Toneladas de Soja: Possível Destino é a China

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O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou nesta quinta-feira (18) novas e substanciais vendas de soja e farelo, somando 510 mil toneladas do grão e 150 mil toneladas do derivado, ambas referentes à safra 2024/25 e destinadas a locais não revelados. A especulação predominante é de que a China seja o principal destino.

Segundo a equipe da Agrinvest Commodities, há relatos de que a estatal chinesa Sinograin teria adquirido dez carregamentos de soja nos últimos dias, operando tanto nos portos do Golfo quanto no Pacífico (PNW). Essa demanda chinesa por soja tem se mantido forte, porém, concentrada no Brasil. Contudo, como explica Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios, a oferta brasileira está mais restrita. “As importações de soja do Brasil podem perder um pouco de ritmo agora, não por falta de demanda, mas por falta de oferta”, afirmou.

Em junho, as importações chinesas de soja totalizaram 11,11 milhões de toneladas, um aumento de 10,7% em relação ao ano anterior. No primeiro semestre de 2024, a China adquiriu 48,5 milhões de toneladas, um incremento de 5,4% em comparação ao mesmo período de 2023. “A China não para de consumir, bateu recorde de importação de soja em junho”, complementa Pereira, destacando que as exportações brasileiras não devem superar as do ano passado devido à escassez de produto.

Pereira explica ainda que, se o Brasil exportar cerca de 100 milhões de toneladas de soja em 2024, não haverá produto suficiente para atender à demanda interna por óleo vegetal. Isso pode levar a um aumento abrupto dos prêmios. A competitividade entre os mercados brasileiro e norte-americano será, portanto, um ponto crítico para os compradores chineses.

Agências internacionais de notícias informam que a China garantiu aproximadamente 75 carregamentos de soja brasileira, equivalente a cerca de 4,5 milhões de toneladas, apenas nas duas primeiras semanas de julho, beneficiando-se das condições favoráveis proporcionadas pelo dólar alto em relação ao real. Esse volume deverá chegar em agosto e no início do próximo ano.

Embora o volume adquirido pela China não seja “anormal” para esta época do ano, as compras reduzidas nos Estados Unidos chamam a atenção, pressionando as cotações da soja na Bolsa de Chicago. Nos primeiros cinco meses de 2023, as compras de soja brasileira pela China aumentaram 23%. “Essa compra é impulsionada principalmente pelo custo competitivo dos grãos brasileiros em comparação com os norte-americanos e pela preocupação com possíveis tensões comerciais intensificadas caso Donald Trump seja reeleito”, comentou Kang Wei Cheang, vice-presidente assistente da StoneX Financial Pte Ltd, à Bloomberg.

Fonte: portaldoagronegocio

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