Menos de um mês após o início de suas operações, a esmagadora de soja da C.Vale já está processando 25 mil sacas do grão diariamente, o que representa 41% de sua capacidade total de 60 mil sacas por dia. Desde 13 de junho, essa indústria de R$ 1 bilhão não só fornece farelo de soja para a produção de rações pela própria cooperativa, mas também comercializa os excedentes, incluindo casca peletizada e óleo degomado para biodiesel.
Estratégia de Expansão
A esmagadora de soja é o mais recente avanço na estratégia de agroindustrialização da C.Vale, concretizando o sonho dos fundadores da antiga Campal. Para Alfredo Lang, presidente da cooperativa, essa iniciativa transforma a cooperativa de mera compradora em fornecedora de farelo de soja, fortalecendo a verticalização da produção. “Este passo não apenas abastece nossas próprias fábricas de rações, mas também nos posiciona como fornecedores para o mercado externo”, destaca Lang, mencionando planos futuros de expansão para incluir indústrias de produtos derivados como maionese e margarina.
Expansão e Impacto Econômico
O plano de modernização, concebido por Lang nos anos 1990, está agora em curso com a expansão do complexo agroindustrial da cooperativa, que atualmente inclui dois abatedouros (aves e peixes), duas fábricas de rações, e termoprocessados de frango, além da esmagadora de soja. Esse movimento reflete a transformação do cooperativismo, que não se limita mais à compra e venda de insumos, mas atua como um catalisador econômico significativo no agronegócio brasileiro.
Em 1995, apenas 0,5% da receita da C.Vale provinha da indústria; hoje, as indústrias respondem por aproximadamente 25% do faturamento e empregam 60% dos funcionários da cooperativa. Espera-se que essa participação cresça ainda mais com os novos investimentos industriais planejados, consolidando a C.Vale como um líder no setor agroindustrial brasileiro.
Fonte: portaldoagronegocio