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Agronegócio

Preparo para a seca de 2023 já deve ser iniciado neste ano

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Preparo para a seca de 2023 já deve ser iniciado neste ano

Para se manter na atividade da pecuária todo produtor sabe que o planejamento é fundamental. Se antecipar, prever situações e estar preparado para possíveis adversidades são garantias de sucesso dentro e fora da porteira. Por isso, o produtor rural já deve estar preparado para a seca de 2023.

Isso mesmo, o período das águas está chegando e o produtor já deve estar de olho na seca do próximo ano, quem afirma isso é o diretor técnico da Nutroeste, Luiz Antonio . Segundo ele, quem não se preparar agora para a seca do ano que vem, vai ter problemas. “Os problemas sempre se repetem ano a ano”, diz ele.

Monteiro, que também é agrônomo e mestre em zootecnia, explica que o passo é fazer uma análise de solo. “Para melhorar a desse solo, o produtor pode usar o gesso e o calcá, pois estaremos dando condição ao capim para ter um crescimento mais vigoroso durante as chuvas.”, orienta.

O especialista esclarece que o gesso é importante porque tem o papel de puxar a raiz da planta para baixo, o que faz que a planta puxe mais água no período . “Essa preparação com o calcário pode começar entre os meses de setembro e dezembro, não importa qual desses meses, o importante é que se faça”, pontua Monteiro.

Ele lembra também que é só após o uso do calcário que o pecuarista deve pensar em outra adubação como o fosfato, por exemplo. 

Quando usar as outras adubações

Outra dica importante do especialista é a aplicação do calcário. Ele explica que quando o produtor aplica só o calcário sobre o pasto e não passa uma niveladora, ele vai precisar de mais para ter a reação no solo. “O esperado é chegar, pelo menos um ano depois, em uma saturação por base de no mínimo 60%. Se conseguirmos isso, aí sim a adubação fosfatada, nitrogenada, potássica poderão ser feitas”, lembra ele. 

Monteiro também afirma que o pecuarista deve avaliar se aquele pasto precisa ser reformado ou precisa apenas ser realimentado. “Se tiver capim você joga a comida e ele vai crescer. Se não tem capim, precisa começar do zero”, orienta.

Outra alternativa importante, acrescenta o agrônomo, é produzir comida para os animais, ou seja, plantar sorgo, milho, capim para fazer o silo. Monteiro observa que é preciso ter alternativas de alimentação na seca, principalmente, para os animais mais novos. “Esse produtor pode fazer uma silagem do próprio capim que tem na propriedade, ou plantar um capiaçu, sorgo forrageiro ou milho para silagem. O importante é ter comida garantida para seca”, explica.

Silo de superfície 

Uma boa fonte de alimentação é o silo dentro do próprio cercado para os bezerros. Monteiro conta que o pecuarista pode optar por um silo de superfície que é muito simples de ser produzido. “O produtor deve colocar uma madeira para o silo não sair e uma cerca elétrica de modo que o animal consiga comer sem colocar a mão dentro do silo”, ensina o especialista. 

Monteiro diz que com o silo de superfície, o produtor vai precisar colocar uma quantidade pequena de ração, uma vez por dia, para que tenha o ganho de peso desejado. “Em bezerro desmamado, por exemplo, nós queremos um ganho de mais ou menos 600g por dia, que serão três arrobas durante o período de seca. Esse ganho é considerado excelente”, diz. 

Ele conta ainda que já acompanhou casos de produtores que fizeram uma arroba de bezerro por R$ 140,00, que é considerado um custo excepcional. “O silo de superfície também é conhecido como “self service”, no qual o animal tem alimentação disponível 24 horas por dia e fica assim até chegar a época das águas. Dessa maneira, o produtor economiza o trato dos animais”, acrescenta ele. 

Monteiro ainda faz uma conta rápida para entender o custo para o produtor. “É super simples de entender. O bezerro vai consumir por dia de 10 a 12kg de silagem e 0,5% do peso dele em ração, ou seja, um bezerro de 200Kg vai comer 1kg de ração por dia. Assim conseguimos baixar custos para obter um resultado razoável lá na frente”, finaliza ele. 

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