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Agronegócio

Comercialização da safra 2022/23 de café do Brasil alcança 60% – SAFRAS

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Comercialização da safra 2022/23 de café do Brasil alcança 60% – SAFRAS

O dado faz parte de levantamento mensal de SAFRAS & Mercado. O percentual de vendas é bem inferior a igual período do ano passado, quando girava em torno de 68% da safra. Mas, o fluxo de vendas está um pouco acima da média dos últimos anos para o período (58%).

Assim, já foram negociadas 34,34 milhões de sacas de uma produção estimada em 2022/23 por SAFRAS & Mercado de 57,3 milhões de sacas. SAFRAS revisou a produção 2022/23, de 58,2 para 57,3 milhões de sacas.

Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a queda nos preços, por mais paradoxal que pareça, acabou ativando um pouco mais as negociações no mercado físico disponível brasileiro. “Aquele produtor que estava precisando fazer caixa, assustado, veio para o mercado. Mas, em linhas gerais, o fluxo de negócios segue amarrado. A menor disponibilidade, por conta da frustração produtiva da safra 2022, é um limitante importante às vendas”, afirma.

Para o consultor, o fato é que o produtor continua na defensiva. Mas também não há grande agressividade do lado do comprador. “Tanto é que os diferenciais (basis) no FOB exportação Brasil até alargaram um pouco para algumas descrições no embarque mais curto, a despeito do tombo no referencial de NY”, indica.

O avanço de 8 pontos percentuais em relação ao mês anterior na comercialização está muito mais ligado à revisão para baixo no tamanho da safra, que propriamente em um fluxo de vendas novas mais intenso, avalia Barabach. “Esse percentual compreende troca, termo (vendas futuras) e negociação física disponível”, indica.

Ele observa que o comprometimento atual do produtor segue bem abaixo de igual época do ano passado, quando as vendas alcançavam 68% da safra. “É bom lembrar que, na temporada passada, além da menor produção também o fluxo de venda antecipada foi mais intenso”, diz.

As vendas de arábica alcançam 58% do total da safra, com produtor alongando posições e mais concentrado nas entregas. “O custo do dinheiro mais caro e as incertezas financeiras e econômicas ajudam a manter o comprador na defensiva, o que colabora com ritmo mais lento dos negócios”, aborda o consultor. Em igual período do ano passado, o comprometimento por parte do produtor girava em torno de 65%. Já a média de vendas dos últimos 5 anos para o período é algo ao redor de 56%.

As vendas com conilon alcançam 64% da safra e concentradas em posições da indústria doméstica de torrado e moído. O fluxo de vendas continua bem abaixo de igual período do ano passado, quando estava em 73% da produção e ligeiramente acima da média de 5 anos para o período (63%).

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