Na véspera da divulgação dos relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado da soja iniciou o dia com ligeira valorização na Bolsa de Chicago (CBOT). Os contratos para agosto/24 foram negociados a US$11,45, um aumento de 3 pontos, enquanto setembro/24 registrou alta de 0,75 ponto, alcançando US$11,08. O fortalecimento do dólar beneficia os produtores brasileiros, estimulando as negociações para o ciclo 24/25, apesar da leve queda da moeda nesta manhã, cotada a R$5,49, uma redução de 0,49%.
Para amanhã, dia 28 de junho, está prevista a divulgação de novos dados pelo USDA, incluindo informações atualizadas sobre a área plantada nos EUA e os estoques trimestrais de grãos até 1º de junho. Esses boletins são esperados com grande interesse pelos mercados, especialmente os dados de área, que podem influenciar significativamente as cotações futuras. Até lá, espera-se volatilidade nos mercados, com base nas expectativas geradas pelos relatórios.
Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, observa que as condições climáticas favoráveis nos EUA indicam uma safra com boa produtividade e qualidade das lavouras. No entanto, ele alerta que projeções positivas podem pressionar as cotações para o terceiro trimestre. “Com contratos oscilando entre US$11 e US$11,10 para novembro/24, estamos diante de um cenário desafiador às vésperas do relatório de plantio”, comenta Brandalizze.
As expectativas apontam um leve aumento na área plantada de soja, milho e trigo em comparação com os números de março. Para a soja, as estimativas variam de 34,6 a 35,41 milhões de hectares, com média de 35,11 milhões, superando os 35,01 milhões estimados há três meses. Na safra 2023/24, os EUA cultivaram 33,83 milhões de hectares de soja.
Fonte: portaldoagronegocio
