A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), reforçou aos produtores de citros a necessidade de entrega do relatório cancro/greening até o dia 15 de julho. Este documento, que deve ser submetido pelo sistema informatizado GEDAVE, inclui os resultados das vistorias trimestrais realizadas entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2024 em todas as plantas cítricas das propriedades.
Importância dos Relatórios para a Defesa Fitossanitária
A entrega pontual desses relatórios é crucial para fornecer à equipe técnica da Defesa Agropecuária informações detalhadas sobre a dispersão e incidência das doenças. Isso permite um direcionamento mais eficaz das ações de defesa fitossanitária e embasa o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o setor.
Regulamentações e Obrigações
Com a implementação da Portaria MAPA nº 317/2021, a eliminação de plantas sintomáticas do Greening tornou-se obrigatória apenas para pomares com até oito anos de idade. No entanto, o controle do psilídeo, vetor da doença, é mandatório em todos os pomares, independentemente da idade das plantas.
Consequências do Não Cumprimento
Para os produtores do estado de São Paulo, o atraso ou a não entrega do relatório sujeita o produtor às sanções previstas no Decreto Estadual Nº 45.211/2000. Essas medidas visam assegurar a vigilância e o controle rigorosos sobre o cancro cítrico, causado pela bactéria Xanthomonas citri pv. citri, e o Greening, disseminado pelo psilídeo.
Desafios e Medidas de Controle
Desde a designação de São Paulo como área sob Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para o cancro cítrico em 2017, medidas fitossanitárias têm sido implementadas para reduzir o potencial de inóculo da praga. Isso garante que os frutos possam ser comercializados sem sintomas tanto no mercado interno quanto no internacional, sustentando a economia da citricultura.
A Ameaça do Greening
O Greening, causado pelo Candidatus Liberibacter spp. disseminado pelo psilídeo Diaphorina citri, representa atualmente a maior ameaça à citricultura mundial. Sem cura conhecida, a doença compromete a produtividade das plantas cítricas, impactando severamente a produção e o comércio desses frutos essenciais para a economia agrícola.
O cumprimento das exigências fitossanitárias e o envio dos relatórios são passos fundamentais para mitigar os riscos e garantir a saúde e a sustentabilidade da citricultura em São Paulo.
Fonte: portaldoagronegocio