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Agronegócio

Impactos ambientais da soja transgênica em insetos: o que diz a pesquisa

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A Universidade Federal de Lavras (UFLA) conduziu uma pesquisa para avaliar os efeitos ambientais de duas variedades de soja transgênica sobre a comunidade de insetos em suas áreas de cultivo. Realizado no Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Agropecuária (CDCT) da UFLA, o estudo comparou os impactos das cultivares Intacta IPRO e GTS 40-3-2 Roundup Ready.

Durante o ciclo da cultura, as duas variedades foram semeadas em áreas de 2.400 m² cada no CDCT, sem utilização de insumos para controle de pragas. Insetos foram capturados ao longo do florescimento e da maturidade da soja por meio de 18 armadilhas distribuídas nas plantações, totalizando 19.324 insetos analisados no Laboratório de Controle Biológico Conservativo (LabCon) da UFLA.

O estudo destacou que ambas as variedades não foram prejudiciais aos insetos benéficos como a mosca predadora (Condylostylus spp.) e o besouro angorá (Astylus variegatus), importantes para o controle biológico de pragas e a polinização da soja.

Contribuição para Práticas Agrícolas Sustentáveis

A pesquisa revelou que a cultivar Intacta IPRO, resistente a insetos, permitiu uma ação mais eficaz da mosca predadora sobre os tripes, uma praga comum na cultura da soja. Por outro lado, a variedade GTS 40-3-2 Roundup Ready, resistente apenas a herbicidas, mostrou uma correlação um pouco menor nesse aspecto.

Além disso, o estudo identificou maior presença do besouro angorá na soja resistente a herbicidas, indicando possíveis influências do período de floração e da composição genética da planta sobre a colonização desse polinizador.

Os resultados também evidenciaram que a soja GTS 40-3-2 Roundup Ready apresentou maior abundância de parasitoides em comparação com a Intacta IPRO, mas não demonstrou diferenças significativas nos índices de riqueza e diversidade desses insetos.

Esse trabalho contribui significativamente para entender os impactos ambientais das culturas transgênicas e reforça a importância de estudos contínuos para o desenvolvimento de práticas agrícolas mais sustentáveis. A pesquisa foi desenvolvida pelo então mestrando Matheus Martins Ferreira, sob orientação dos professores Luís Cláudio Paterno Silveira e Bruno Henrique Sardinha de Souza, da UFLA, e do pesquisador Vitor Barrile Tomazella, da Faesb.

Fonte: portaldoagronegocio

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