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Nutricionista alerta sobre consequências físicas de reféns do cativeiro do Hamas: ‘Apenas pele solta, sem músculos’

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Meses depois de serem resgatados em condições desumanas dos cativeiros do Hamas, na Faixa de Gaza, reféns ainda enfrentam uma longa jornada de recuperação da sua saúde. Relatos do nutricionista que atua nos cuidados de quatro pessoas resgatadas expõem casos de desnutrição severa e perda muscular.

O nutricionista Mittal Binyamin disse ao The Jerusalem Post que, no início do sequestro, as vítimas passaram fome, literalmente. “A Organização Mundial da Saúde estabelece um padrão mínimo de segurança nutricional que um ser humano precisa para sobreviver, e, nos primeiros meses, elas receberam um décimo da quantidade de calorias necessárias”.

Desde o resgate, os sequestrados precisam tomar doses altas de vitamina D, porque não foram expostos ao sol, e de vitamina B, que é responsável pela atividade cerebral. “Eles não estão bem, nem mentalmente nem nutricionalmente”, afirmou o nutricionista.

Os pais do ex-refém Andrey Kozlov relataram que ele tentou se exercitar durante o cativeiro. “Talvez tenha sido bom para a mente, mas nenhum músculo pôde ser construído, por falta de ingestão de proteína”.

“Todos voltaram severamente desnutridos”, analisou o nutricionista. “Se o cativeiro durasse mais tempo, veríamos mais lesões, por exemplo, no músculo cardíaco, além dos danos neurológicos. Não quero desanimar as famílias dos sequestrados que ainda estão em cativeiro.”

Condições nutricionais e sobrevivência

Binyamin explica que o que acontece com o corpo em tal situação de escassez é que ele precisa quebrar reservas disponíveis, ou seja, os músculos. “Quando os reféns voltaram, estavam muito debilitados; não havia músculos restantes no corpo, apenas pele solta; tudo havia desaparecido”, contou o nutricionista.

Ele diz que, quando as pessoas perdem peso muito rapidamente sem comer nenhuma proteína, o corpo consome tecido muscular, incluindo de órgãos como o coração, o estômago e o diafragma. “Em uma situação extrema, o corpo paralisa outros sistemas”.

Todos perderam, em média, entre 10 kg e 12 kg. Depois de todo o tratamento nutricional, eles agora pesam de 3 kg a 5 kg a menos do seu peso normal. No entanto, o que eles recuperaram foi gordura, não músculo, segundo o nutricionista.

“Fizemos testes de força muscular neles, e seus resultados foram ruins, até mesmo do mínimo possível em nossa tabela”, disse Binyamin, ressaltando que seus pacientes eram, antes de ser vitimas dos terroristas, adultos saudáveis, jovens com massa muscular, que praticavam exercícios regularmente.

Fonte: revistaoeste

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