O Parlamento de Israel aprovou um projeto de lei que classifica a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês) como uma organização terrorista. O governo comprovou que funcionários do órgão tiveram envolvimento em ataques criminosos do Hamas e exige a saída imediata dos ativistas de Jerusalém.
Além disso, a Autoridade Fundiária de Israel informou que “a UNRWA deve 27,1 milhões de novos shekels israelenses por ocupar, sem consentimento, um imóvel do Estado nos últimos sete anos”.
Ordem de desocupação
O governo israelense comunicou à agência da ONU que seus integrantes devem interromper imediatamente qualquer uso ilegal das instalações, destruir construções em violação da lei e devolver o terreno no prazo de 30 dias.
De acordo com o jornal Times of Israel, a medida foi tomada após a aprovação de uma exigência do ministro da Habitação de Israel, Yitzhak Goldknopf, para retirar imediatamente a UNRWA de qualquer área estatal que ocupe atualmente.
Recentemente, o porta-voz da UNRWA, Adnan Abu Hasnah, afirmou que “Israel deve saber que, se não estivermos na Faixa de Gaza, haverá alguém mais extremo”. Ele disse ainda que a UNRWA é a “única coisa moderada” em Gaza.
O deputado do partido Likud, Dan Illouz, afirmou que a designação da UNRWA como organização terrorista “é uma lei essencial para nossa segurança nacional”.
Illouz destacou que, “depois do 7 de outubro, não podemos continuar como se nada tivesse acontecido”. “Não podemos permitir que a organização de apoio ao terror UNRWA opere contra nós”, ressaltou. “Estamos lutando por nossa segurança e nosso futuro, e a UNRWA não pode fingir ser uma entidade humanitária enquanto nos prejudica. Isso acaba hoje.”
Em abril, uma investigação da ONU foi aberta para apurar alegações contra 12 funcionários da UNRWA envolvidos no massacre de 7 de outubro. Dez tiveram seus contratos encerrados, e duas mortes foram confirmadas. A ONU declarou que Israel não forneceu “evidências suficientes” para apoiar o envolvimento deles no massacre.
Fonte: revistaoeste