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Agronegócio

Inicia época de desmame dos terneiros para os bubalinocultores gaúchos

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Inicia época de desmame dos terneiros para os bubalinocultores gaúchos

Os bubalinocultores gaúchos passam neste momento pelo período de desmame dos terneiros de búfalos. Depois da época de outono e inverno, onde ocorre a amamentação por parte das búfalas, é o momento de estes animais entrarem no novo ciclo. Para isso, são recomendados alguns cuidados especiais.

Segundo o diretor técnico da Associação Sulina dos Criadores de Búfalos (Ascribu), o zootecnista Luís Fernando Aguirre, o cio das búfalas inicia nos períodos onde começa a diminuir as horas de luz no dia, no fim do verão e início de outono. “Elas ciclam pelo período de março, abril e maio, quando começa o ciclo de gestação. Como a gestação é de dez meses, elas emprenhando em março, a parição ocorre entre janeiro e fevereiro”, explica.

No caso das búfalas, segundo o técnico, nos primeiros 30 dias pós parto ocorre a regressão do útero, voltando a estar apta a nova gestação. “Na prática, os criadores sabem que a parição determina os terneiros do cedo e os do tarde. Devido a esta amplitude grande nos nascimentos, o desmame, consequentemente, pode ser realizado em duas épocas, no início e no final da primavera, conforme a idade e peso dos terneiros. A idade dos animais e seus respectivos pesos ao desmame podem ser influenciados por diversos aspectos como habilidade materna da búfala, disponibilidade de alimento aos animais, manejo, mercado, preço, vontade do criador, venda ou ciclo completo”, observa.

Aguirre salienta que quando chega este período do desmame, a vantagem para o búfalo é que ele já pega este período de primavera onde não sente este momento de falta de alimentos porque já é desmamado em uma boa condição de campo. “Ele já está comendo e o leite já não é tanto assim o alimento principal, pois ele já está adaptado ao pasto, não estando tão dependente do leite”, destaca.

Entre os movimentos que o produtor deve ter neste momento, conforme o diretor técnico da Ascribu, é o de fazer uma adaptação do terneiro. Uma das recomendações é a de manter o animal afastado da mãe por um período para que ele se acostume com a questão das pastagens. “Se o produtor vai fazer a recria, ele precisa deixar as búfalas longe dos terneiros”, ressalta Aguirre.

Além disso, o técnico reforça a importância de que o animal seja colocado em locais de pasto de qualidade de forma a manter o desempenho de ganho de peso dos animais. “Levando em conta o bem estar animal, para a diminuição do estresse pós-desmama, aproveitando neste período o acesso dos terneiros à pastagem de inverno, principalmente o azevém, para esta finalidade, fazendo uma combinação perfeita da idade dos terneiros e época da disponibilidade da gramínea”, frisa.

Aguirre lembra que naturalmente, criados o tempo todo ao pé da búfala, os terneiros têm hábitos de ficarem juntos, criando assim um subgrupo no rebanho. “Passando horas durante o dia apartados, o vínculo do afeto vai diminuindo. Na hora do desmame, os dois estão acostumados com a vida separada e será menor o estresse”, complementa.

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