De acordo com dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os produtores brasileiros de café deverão colher mais de 50 milhões de sacas na safra 2022. O 3º Levantamento do grão para a atual temporada aponta que a colheita atinge 99% da área destinada para a cultura, e o volume estimado já representa um aumento de 5,6% em comparação ao ciclo de 2021. E realizar um bom manejo nutricional durante todo o o ciclo produtivo das plantas contribui para que a safra seja ainda mais produtiva.
Isso porque durante o desenvolvimento de uma planta de café existem processos fisiológicos essenciais que consomem macronutrientes, como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre demandados em maior quantidade, e também micronutrientes, como manganês, zinco, boro, cobre, ferro e molibdênio demandados em menor quantidade, porém também vitais para as plantas.
O coordenador técnico da Tradecorp do Brasil, Luciano Sbardellini explica que o bom manejo da produção cafeeira se inicia na amostragem de solo nos meses de setembro e outubro. “Este é o momento em que temos a indicação da real necessidade de correção da saturação do solo e também das necessidades de enxofre e boro, ajustando assim o posicionamento de calagem e gessagem. A partir disso, vamos quantificar a necessidade de aplicação do boro no solo com complemento via folha”, esclarece.
Em pesquisas comparativas realizadas nas safras 2020/2021 e 2021/2022, os tratamentos de nutrição com produtos como o Vorax, Pumma e Phylgreen no café, contribuíram para um melhor desenvolvimento vegetativo com incremento no comprimento e número de nós formados nos ramos plagiotrópicos. “Observamos uma diferença de 7 sacas/ha no comparativo entre as duas colheitas. Este retorno é prova de que com um bom manejo nutricional o produtor consegue aumentar a produtividade da lavoura”.
Luciano explica que nos meses de dezembro e janeiro são feitas as análises de folha para indicar os ajustes necessários de aplicações de macro e micronutrientes durante as fases de desenvolvimento dos frutos de café.
O especialista destaca que o manejo de fertilizantes e biofertilizantes se inicia na pré-florada, que acontece em setembro. Na pós-florada, em outubro, reaplica-se o mesmo tratamento com fertilizantes e biofertilizantes, combinados com um extrato de algas. “Temos como objetivo, nesta fase, melhorar o pegamento floral do café, potencializar o desenvolvimento das folhas aumentando assim a capacidade fotossintética das plantas”.
Já entre novembro e dezembro aplicamos fertilizantes foliar e mineral. Entre janeiro e fevereiro, são analisadas as folhas. “Aí fazemos a última aplicação da combinação de fertilizantes e biofertilizantes. É uma fase importante na formação dos frutos, e o magnésio e o boro são essenciais nesta fase pois são responsáveis pelo transporte de açúcares para o enchimento de grãos”, diz o coordenador técnico da Tradecorp.
“Em março fechamos o ciclo de manejo com a aplicação de potássio e aminoácido, que auxilia a fotossíntese e o transporte de potássio para o fruto”, finaliza Luciano.
Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras
A Tradecorp do Brasil marca presença no 46º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, que acontece de 18 a 21 de outubro, em Poços de Caldas-MG. O evento é um importante ponto de encontro entre a pesquisa e a difusão tecnológica, beneficiando todo o setor cafeeiro. Consiste na apresentação de trabalhos científicos, seminários e debates, além de um dia de campo, com demonstrações tecnológicas em lavouras de café.
O evento dá a oportunidade de levar e de obter novos conhecimentos, científicos e tecnológicos, frutos de estudos realizados por profissionais da mais alta qualidade. Na ocasião, a empresa mostrará como o manejo nutricional correto traz maior produtividade na colheita de café, com destaque para as soluções Vorax e Pumma, além de outros produtos do portfólio.