No cenário internacional, os preços do óleo de soja tiveram uma queda em abril, enquanto o farelo apresentou uma leve alta. No mercado interno, porém, houve um comportamento distinto, com valorização para o óleo de soja. As esmagadoras de soja dos EUA registraram um recorde de processamento em março, com 5,35 milhões de toneladas do grão esmagadas.
Em Chicago, o óleo de soja teve uma queda de 2,5%, chegando a 46 centavos de dólar por libra-peso em abril, enquanto o farelo registrou uma valorização de 0,6%, atingindo em média 339 dólares por tonelada. O mercado está atento aos desdobramentos da colheita argentina e do plantio americano de soja, fatores que influenciam diretamente os preços dos derivados da soja.
No Brasil, o farelo de soja apresentou uma reação significativa em maio, com uma valorização de 8,2%, atingindo 367 dólares por tonelada. Esse aumento está relacionado ao crescimento da demanda e à competitividade do farelo de soja em comparação com produtos substitutos.
O óleo de soja registrou um aumento de 5,5% no Mato Grosso em abril, chegando a 4.167 reais por tonelada, e continuou com uma valorização de 1,1% em maio. Porém, o ritmo de compras está abaixo do esperado, com os compradores buscando adquirir o óleo de soja conforme a necessidade. O farelo de soja também teve uma valorização significativa em maio, alcançando 11,1% no mercado interno, a 1.876 reais por tonelada em Rondonópolis.
O aumento no volume de soja esmagada nos EUA em março, seguido por uma redução em abril, mostra oscilações no mercado, porém, o acumulado desde outubro apresenta um crescimento em relação ao ano anterior.
Perspectivas Futuras
As projeções indicam um aumento na produção global de óleo de soja para a safra 2024/25, com elevação em praticamente todas as principais origens. A expectativa é de crescimento, porém, os preços podem sofrer pressão devido ao aumento da oferta e à demanda mais lenta.
Novos investimentos em expansão de capacidade produtiva estão previstos, porém, relatos de capacidade reduzida em algumas plantas indicam um possível excesso de estoque de diesel renovável nos EUA, o que pode impactar no processamento das matérias-primas.
Apesar do aumento da produção de óleo de palma na Malásia, as exportações cresceram, contribuindo para a redução dos estoques. Entretanto, os preços continuam em queda devido à influência do óleo de soja sobre as cotações do derivado da palma.
Fonte: portaldoagronegocio