As recentes enchentes no Rio Grande do Sul deixaram um rastro de destruição, afetando profundamente a população local e a economia do estado. Além das trágicas perdas humanas, cidades inteiras foram submersas, e a agropecuária, um setor vital para a economia gaúcha, sofreu grandes prejuízos. A destruição das colheitas, a perda de rebanhos e a danificação de infraestruturas básicas comprometem o fornecimento de alimentos como arroz e feijão para todo o Brasil.
Luiz Felipe Baggio, consultor jurídico e especialista em Planejamento Sucessório, Proteção Patrimonial e Family Office, ressalta que as enchentes têm impactos severos não apenas no Rio Grande do Sul, mas também no abastecimento de alimentos em nível nacional. “Os danos à produção agrícola e às infraestruturas críticas, juntamente com as interrupções logísticas, podem causar inflação nos preços para os consumidores”, observa Baggio.
Para evitar uma crise de abastecimento, a União deve facilitar a importação de arroz e feijão. No entanto, Baggio sugere que a solução para a situação emergencial deve incluir mais do que apenas medidas paliativas. Ele propõe um plano de ação governamental que ofereça suporte imediato aos agricultores por meio de crédito emergencial e seguro agrícola. A reconstrução de infraestruturas danificadas também é essencial para garantir a recuperação da produção e a estabilidade do setor agropecuário.
Segundo o especialista, o governo poderia colaborar para facilitar o acesso a linhas de crédito emergenciais e ampliar o seguro agrícola. A participação do Governo Federal poderia se dar por meio de medidas como subsídios ou renúncias fiscais, especialmente para setores que tiveram bom desempenho na última safra, como café e cana-de-açúcar. Contudo, Baggio reconhece que a política de austeridade fiscal do governo Haddad pode ser um obstáculo a ser superado, mas ele acredita que, diante da calamidade pública, ajustes devem ser feitos para atender às necessidades urgentes do setor agropecuário.
A situação no Rio Grande do Sul é grave e requer atenção imediata. A implementação de políticas eficazes pode fazer a diferença entre uma rápida recuperação ou um prolongado impacto no abastecimento alimentar em todo o Brasil.
Luiz Felipe Baggio, consultor jurídico, especialista em Planejamento Sucessório, Proteção Patrimonial e Family Office, e co-fundador da Evoinc.
Fonte: portaldoagronegocio