A safra de laranja no cinturão produtor de São Paulo e Minas Gerais em 2024/25 está prevista para sofrer uma queda expressiva de 24,36%, conforme a primeira estimativa divulgada nesta sexta-feira pelo Fundecitrus. A projeção aponta para uma produção de 232,38 milhões de caixas de 40,8 kg, um declínio significativo em relação ao ciclo anterior.
“O número nos surpreendeu. Em dez safras, esta é a menor que estamos registrando”, disse Juliano Ayres, gerente-geral do Fundecitrus, durante a apresentação dos dados. Ele ressaltou que as condições climáticas adversas foram um dos principais motivos para a queda, com a seca e as altas temperaturas afetando fortemente a citricultura. Além disso, o impacto da doença greening, também conhecida como Huanglongbing (HLB), continua a representar um desafio para os produtores, especialmente no estado de São Paulo, o maior produtor de laranjas do Brasil.
A região que compreende São Paulo e Minas Gerais é a maior fornecedora de laranjas para a indústria no Brasil, país que lidera a produção e exportação global de suco de laranja. Com a previsão de uma safra tão reduzida, o setor citrícola brasileiro enfrenta um período desafiador, o que pode impactar não apenas a indústria local, mas também o mercado internacional de suco de laranja.
Os produtores agora precisam lidar com as consequências dessa queda drástica na produção e buscar soluções para minimizar os danos causados pelos fatores climáticos e pela doença greening. As próximas etapas envolvem estratégias para combater essas adversidades e manter a competitividade do setor citrícola brasileiro no cenário global.
Acesse o sumário com os resultados
Fonte: portaldoagronegocio