Os contratos futuros do açúcar encerraram a última sexta-feira (7) em alta nas bolsas internacionais, refletindo a valorização do petróleo em todo o mundo depois que a Opep+ anunciou o maior corte de oferta desde 2020. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, “o aumento dos preços da energia tende a levar as usinas de cana do maior produtor Brasil a reduzir a produção de açúcar em favor do etanol de cana”.
Na ICE Futures de Nova York o contrato março/23 fechou a sexta-feira negociado a 18,68 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 22 pontos, ou 1,2%, no comparativo com os preços praticados no dia anterior. Já a tela maio/22 subiu, também, 22 pontos, negociada a 17,80 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 3 e 13 pontos, com exceção do contrato outubro/24 que caiu 1 ponto.
Outro fator apontado pelo mercado como incentivador para a alta dos preços do açúcar foram as chuvas que prejudicam o ritmo de colheita em várias regiões do Brasil, o que deve refletir na diminuição da produção de açúcar pelas usinas.
Londres
Em Londres, na ICE Futures Europe, a sexta-feira também foi de alta em todas as telas do açúcar branco. O vencimento dezembro/22 foi contratado a US$ 552,80 a tonelada, valorização de 0,3%, ou 1,50 dólar, no comparativo com os preços de quinta-feira. Já a tela março/23 subiu 2,40 dólares, negociada a US$ 509,40 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 40 cents a 2,90 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a sexta-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 125,56 contra R$ 125,68 de quinta-feira, variação negativa de 0,10% no comparativo.