O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta quinta-feira (4), de olho nas trajetórias das taxas de juros pelo mundo, um dia após o BC elevar a Selic a 13,75%.
Às 10h04, o Ibovespa subia 0,46%, a 104.250 pontos.
Na quarta-feira, a bolsa fechou em alta de 0,40%, a 103.775 pontos. Com o resultado, o indicador tem alta de 0,19% no mês. No ano, mantém queda de 1,39%.
O que está mexendo com os mercados?
O foco dos mercados permanece na trajetória de alta dos juros em diversas economias diante da disparada da inflação, o que tem reforçado os temores de uma recessão global.
No Reino Unido, o banco central britânico anunciou o maior aumento da taxa de juros em 27 anos nesta quinta-feira (4), com uma elevação de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, para 1,75% – seu nível mais alto desde o final de 2008.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na véspera, por unanimidade, elevar a taxa Selic de 13,25% para 13,75% ao ano, deixando a porta aberta para uma nova elevação na sua próxima reunião.
Foi o 12º aumento consecutivo na taxa de juros. Com isso, a Selic alcançou o maior patamar desde novembro de 2016, quando estava em 14% ao ano. Ou seja, em quase seis anos.
Em seu comunicado, o Copom disse considerar apropriado que o ciclo de alta “continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista” – isto é, que a Selic continue subindo.
A expectativa dos analistas do mercado financeiro é que a Selic deve permanecer no patamar atual de 13,75% até maio de 2023 – quando começará a cair, se os cenários se confirmarem. A previsão é que a taxa termine o próximo ano em 10,5% ao ano.
Na agenda do dia, a FGV mostrou que o Indicador Antecedente de Emprego do Brasil teve ligeira queda em julho, interrompendo três meses consecutivos de alta.