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Agronegócio

Setor lácteo da América Central e da República Dominicana lança guia para garantir uma produção mais inócua e de maior qualidade

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Setor lácteo da América Central e da República Dominicana lança guia para garantir uma produção mais inócua e de maior qualidade

O setor lácteo da América Central e da República Dominicana conta com um novo guia para garantir a produção inócua de leite e produtos relacionados e assim proteger a saúde pública, o bem-estar animal e o meio ambiente. 

Trata-se do Guia de boas práticas na produção de leite de gado bovino, elaborado pelos países da região com apoio técnico do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), a Secretaria do Conselho Agropecuário Centro-Americano (SECAC) e a Federação Centro-Americana do Setor Lácteo (FECALAC). 

O documento inclui contribuições de entidades públicas e privadas de Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá e República Dominicana. Responde à necessidade expressada pelo setor lácteo da região de fortalecer a produção primária da cadeia como fundamento para a inocuidade e a qualidade do leite e seus produtos.  

O novo instrumento, disponível para download no repositório do IICA(https://iica.us17.list-manage.com/track/click?u=ff34bcc5119da1b15d46b11f5&id=a080d7d0d3&e=d86e501491), promove boas práticas pecuárias relacionadas à localização e operação dos estabelecimentos de gado bovino, hospedagem e instalações dos animais; sua origem, identificação e rastreabilidade ou acompanhamento; a água, os alimentos e a saúde do gado; os medicamentos veterinários e produtos afins; e o concernente à ordenha, armazenamento e transporte da leite, bem como à qualidade do produto e saúde e higiene do pessoal. 

Sua aplicação permite melhorar a competitividade, o desenvolvimento e a sustentabilidade do setor lácteo e constitui um bem público regional que promove a inocuidade e a qualidade do leite e produtos relacionados. 

O guia foi apresentado em um evento na sede central do IICA em São José, Costa Rica, com participação de autoridades do Ministério da Agricultura da República Dominicana, a SECAC, FECALAC e o IICA. 

“Historicamente, o setor lácteo foi muito importante para nossos países nos aspectos sociais, ambientais, econômicos, assim como no desenvolvimento rural e das pequenas economias agropecuárias. É um tema fundamental para a segurança alimentar e nutricional. Com a implementação do guia, devemos articular e aproveitar as melhores práticas, padronizar e fortalecer o comércio intrarregional”, expressou Víktor Rodríguez, Diretor do Escritório de Tratados Comerciais Agrícolas do ministério dominicano. 

A elaboração do documento ocorreu por um processo participativo em que organizações da cadeia do leite e produtos lácteos e instituições públicas aportaram seus conhecimentos em seminários de consulta nacionais e regionais. 

“Analisamos informações diversas, de natureza regulamentar, voluntárias e de pesquisa sobre quais são as medidas eficazes que podem ajudar a minimizar ou mitigar os riscos sanitários, de saúde animal e ambientais no âmbito da produção primária”, afirmou a especialista em Sanidade Agropecuária, Inocuidade e Qualidade de Alimentos do IICA, Alejandra Díaz. 

“Todo o setor lácteo da América Central deve se sentir muito satisfeito, é um esforço de três anos que foi feito em consenso. Agora começa o desafio de implementar o guia em cada país com o apoio de todos, precisamos continuar com o apoio do IICA, do SECAC e de outras entidades para desenvolver mais instrumentos que nos ajudem a ser mais competitivos, a produzir melhor e a atuarmos melhor”, disse o Presidente da FECALAC, Álvaro Coto. 

De acordo com o coordenador técnico da FECALAC e Diretor Executivo da Câmara Nacional de Leite da Costa Rica, Érick Montero, na América Central há quase 246 mil produtores de leite, 4,5 milhões de vacas leiteiras, 322.526 propriedades rurais dedicadas à produção de leite, uma capacidade de processamento industrial de mais de 1,7 milhões de litros por ano e uma soma de 275 principais empresas lácteas regionais e 3.548 indústrias artesanais e formais.   

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